quarta-feira, 25 de março de 2015

PRESO POR MATAR A MULHER ESCREVEU CARTAS PARA INCRIMINAR EX DA VÍTIMA.


Um pedreiro de 33 anos foi preso na segunda-feira (23) suspeito de matar a própria esposa, de 29, a facadas na casa onde morava, emGoiatuba, no sul de Goiás. O crime ocorreu em fevereiro de 2013, mas somente agora o caso foi solucionado devido a um detalhe: duas cartas, que teriam sido escritas pelo ex-marido da vítima e o incriminavam, foram encontradas no local do homicídio. Porém, no decorrer das investigações, a polícia descobriu que os bilhetes haviam sido escritos pelo atual companheiro da mulher para tentar se livrar da culpa.
Segundo o delegado Gustavo Carlos Ferreira, responsável pelo caso, uma das cartas foi entregue na casa onde o casal morava pelo próprio esposo. Se passando pelo ex, ele afirma que passou na porta da casa, mas não entrou para conversar porque "um homem ficou rondando de moto". Mas no fim, deixa um recado: "Eu disse que você não seria de ninguém. A gente vai se encontrar para acertar as contas".
"O ex-marido da vítima já havia tido problema com ela. Ele inclusive foi preso por ter a agredido quando moravam em Morrinhos. Ela veio para Goiatuba para fugir dele", explica o delegado ao G1.
"Um dos filhos da vítima disse em depoimento que viu o ex-marido da mãe rondando a casa no dia do crime. Junte a isso a agressão em Morrinhos. O esposo também não demonstrou nenhuma ação que o incriminasse. Ele carregou o caixão e chorou muito durante o velório", conta.Além da primeira carta, encontrada no local do crime, uma outra foi achada ao lado do corpo, que também indicava ter sido escrita pelo ex. Ele, que era pai de um dos cinco filhos da mulher, teria escrito: "Acertei as contas com a mamãe". Fora os dois bilhetes, outros indício apontavam o homem como culpado segundo a polícia.
Exame
O ex da vítima chegou a ser preso pelo crime, mas foi solto dois dias depois por um habeas corpus. A investigação mudou de rumo completamente depois que o delegado recebeu, dois meses após o homicídio, o resultado do exame grafotécnico indicou que as cartas não haviam sido escritas pelo antigo companheiro e sim pelo atual.
"A partir daí, começamos a investigar o marido. A apuração durou quase um ano, pois tínhamos uma peça isolada e o quebra-cabeça era mais complicado, precisávamos de outras peças para corroborar o inquérito", diz.
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