O caseiro Júnior Gomes de Oliveira Rocha, de 32 anos, foi preso em flagrante acusado de matar a esposa, Josânia Agostinho da Rocha, de 30, ontem à noite, na fazenda Sítio Esperança, às margens da BR-153, em Goianápolis. A fazenda pertence ao cantor Amado Batista e Júnior trabalhava no local há seis meses.
Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do posto na BR-153 em Goianápolis foram acionados por volta de 22h30 de ontem por um advogado de um caseiro de uma outra fazenda que disse ter sido procurado por Júnior para ajudar a esconder o corpo da vítima. Assustado, esse caseiro pegou a esposa e o filho, saiu da fazenda em que trabalha e procurou o advogado, que foi até o posto pedir auxílio. Um grupo de agentes se dirigiu até a fazenda, localizada a 3 quilômetros dali. “A informação é que o corpo foi jogado em um matagal na entrada da fazenda, mas naquele momento não foi encontrado nada”, disse o inspetor Newton Morais, chefe da assessoria de comunicação da PRF de Goiás.
Segundo a PRF, nessa primeira abordagem Júnior negou o crime e disse que a mulher havia ido embora. Como o outro caseiro confirmou a versão contada a ele por Júnior e os objetos pessoais da mulher se encontravam na fazenda, inclusive a bolsa com documentos, os agentes levaram o suspeito até a Central de Flagrantes da Polícia Civil de Anápolis, onde Júnior confessou o crime.
A polícia então voltou ao local do crime, encontrando o corpo onde Júnior falou que a deixou. De acordo com o agente Marcello Reinando França, da central de flagrantes, o caseiro disse que ele e a esposa beberam durante a tarde de ontem e tiveram uma discussão após ela ouvi-lo conversando sobre mulheres com um amigo. Na versão de Júnior, após a briga e com ela decidida a ir embora, ele a levou de moto até a beira da rodovia e eles voltaram a discutir quando ela pediu para ficar com a moto. “Eles teriam entrado em luta corporal, segundo ele, e aí ele a esganou, levou o corpo para um mato e pegou a bolsa de volta”, disse Marcello.
Júnior e Joviânia eram casados há seis anos. O caso está com a delegada Maisa Freitas Pesarini e contou com o apoio da PRF. O caseiro se encontra detido na Central de Flagrantes de Anápolis. Até o momento, a polícia civil ainda discutia se o crime se enquadra como feminícidio, tipificação sancionada pela presidente Dilma Rousseff na semana passada. A dúvida é se a lei já está valendo ou não.
Ainda segundo a polícia, não foi possível contatar a assessoria de Amado Batista. A informação inicial é que ele estaria no exterior.
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