domingo, 1 de março de 2015

ALUNOS FICAM COM AULAS VAGAS APÓS DISPENSA DE PROFESSORES TEMPORÁRIOS...


Após a demissão de mais de 8 mil servidores temporários da rede estadual de educação de Goiás, escolas de ensino fundamental e médio apresentam falta de professores em todo o estado, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). Por conta da dispensa, no fim do ano passado, alguns alunos são dispensados mais cedo das aulas desde o início do ano letivo.
“Além de Goiânia, temos registros de déficit de profissionais em Vianópolis, Rio Verde, Luziânia, Santo Antônio de Goiás, entre outras cidades. O impacto disso para o ano letivo será muito grande”, disse ao G1 a secretária de Imprensa e Divulgação do Sintego, Edinéia Pereira.
De acordo com Edinéia, a dispensa dos professores temporários aconteceu por término do contrato. Em janeiro deste ano, alguns profissionais foram recontratados e outros novos convocados, mas em número insuficiente para atender a demanda.
“Como falta mão de obra nas salas, muitas escolas estão juntando turmas e fazendo o impossível para continuar regularmente. Mas isso sobrecarrega os efetivos, que precisam dobrar, e prejudica muito a qualidade de ensino. Quando não há alternativas, os estudantes acabam indo embora mais cedo”, relatou.
A mãe de um estudante do ensino médio de uma escola no Setor Independência Mansões, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, diz que o filho sai mais cedo quase todos os dias. “Algumas vezes a liberação ocorre até mesmo durante o horário de intervalo. Tenho medo que isso o prejudique mais na frente”, disse a mulher, que não quis se identificar.
A coordenação de uma escola estadual no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, confirmou ao G1que também existe déficit de professores na escola. No entanto, para evitar que os alunos sejam dispensados mais cedo, algumas atividades alternativas são adotadas. “Já relatamos o problema para a Secretaria de Educação e esperamos que seja resolvida em breve. Enquanto isso, estamos nos virando para manter os estudantes, principalmente do ensino médio, na escola, seja recomendando leituras, atividades esportivas etc”, relatou uma professora, que pediu para não ser identificada.
A Superintendência de Educação da Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esportes (Seduce) informou, em nota, “que o problema já está sendo solucionado com o retorno de 3 mil professores às salas de aula e a autorização do Governo de Goiás para a contratação de outros 2 mil professores, que devem voltar às atividades já na próxima semana”.
A Seduce ressaltou, ainda, “que os alunos não serão prejudicados, uma vez que haverá reposição de aulas, caso necessário, dentro do cronograma de cada unidade de ensino”, diz o texto.
A reportagem também tentou contato com o Conselho Estadual de Educação, mas as ligações não foram atendidas até a publicação desta reportagem.
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