O adolescente de 17 anos, apreendido suspeito de abusar sexualmente dos cinco irmãos menores, em Piracanjuba, no sul de Goiás, disse à polícia que um homem, que seria padrinho das vítimas, teria violentado as crianças. Segundo o delegado Vicente de Paulo Silva e Oliveira, responsável pelo caso, apesar do adolescente ter confessado os estupros, o envolvimento de outras pessoas ainda é apurado.
“Não está descartada a participação de outro suspeito, mas é preciso investigar com calma, porque o menor está apreendido, então ele pode colocar a culpa em qualquer um”, ressaltou Oliveira.
O suposto padrinho já foi identificado pela polícia e é procurado. O delegado diz que pretende entrar com um pedido de prisão preventiva contra ele nos próximos dias.
O delegado contou, ainda, que todas as crianças confirmaram que eram abusadas pelo irmão, que não foi denunciado antes por causa de um "enorme temor". No entanto, elas não citaram a participação de outras pessoas no crime.
Abusos
O adolescente foi apreendido pela polícia no último sábado (11). De acordo com a investigação, ele começou a abusar do irmão, de 14 anos, há pelo menos 10 anos. No entanto, o menor só começou a ser investigado por outros delitos há cerca de um ano. "Ele já tinha passagem por tráfico de drogas e há um ano começamos apurar também o envolvimento dele com furtos na região", disse o delegado.
Durante essa apuração, a polícia recebeu a denúncia de que ele também estuprava os irmãos. Por isso, há 15 dias, uma equipe do Conselho Tutelar foi designada para acompanhar sigilosamente a família. Nesse período, o delegado conta que não só comprovou os atos sexuais, como se certificou da omissão dos pais.
"A conselheira, junto com a mãe, levou a criança menor, de 5 anos, a um médico legista. Lá, ele comprovou que a menina havia sido violentada. Mesmo assim, a mãe não esboçou nenhuma reação, agiu como se não tivesse ocorrido nada. Nem pensou em procurar a polícia. Desde então, confirmamos que ela e o esposo consentiam com os abusos", explica.
As vítimas ainda disseram à polícia que os estupros ocorriam no quarto dos pais, quando elas voltavam da escola. Para a prática, revela Oliveira, ambos deixavam o imóvel e iam caminhar nos arredores da residência. "Os pais não explicaram o porquê dessa atitude. Na verdade, eu acho que eles têm medo do filho", conta o delegado.
Os pais estão presos na cadeia municipal. Eles foram autuados pelo crime de estupro de vulnerável na forma de omissão imprópria e podem pegar até 30 anos, caso sejam condenados.
Já o menor segue apreendido no mesmo local em uma cela separada, à espera de vaga em um centro de internação. Ele vai responder pelo ato infracional análogo ao crime de estupro de vulnerável.
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