segunda-feira, 6 de abril de 2015

FAMÍLIA ESTÁ REVOLTADA COM MORTE DE IDOSO APÓS TRÊS DIAS À ESPERA DE UTI EM GOIATUBA.


A família de José Dias Soares, de 65 anos, denuncia que o idoso morreu após três dias de espera por um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na rede pública de saúde. De acordo com a filha Keila Pires Soares, o pai tinha diabetes, pneumonia, insuficiência respiratória e, mesmo assim, foi atendido apenas no Hospital Municipal de Goiatuba, no sul do estado, onde não há leitos do tipo.
“A gente tentou de tudo quanto é jeito [a UTI], a gente não desistiu, a esperança era ter conseguido, mas infelizmente essa é a saúde nossa em Goiás”, lamenta Keila.
No dia que o idoso morreu, a vaga foi disponibilizada, mas ele nem chegou a ser transferido. O leito era em um hospital particular de Itumbiara, que tem convênio com a rede pública de saúde e atende a pacientes de 12 municípios da região. A vaga não surgiu antes porque o contrato da unidade de saúde estava suspenso devido à falta de pagamento.
Segundo o órgão de Itumbiara, o repasse do estado está atrasado desde agosto de 2014 e a dívida já soma R$ 2 milhões. A secretaria informou ainda que o atendimento foi normalizado depois que a prefeitura pagou ao hospital parte do valor que o estado deveria ter repassado.De acordo com o hospital, a unidade recebe R$ 350 mil por mês pelos leitos de UTI, sendo que 75% deste valor é repassado pelo estado. O restante é dividido entre a Secretaria de Saúde de Itumbiara e o governo federal.
A assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Saúde alega que a parceria com o hospital não se trata de um convênio, mas sim de uma modalidade de financiamento de ações de saúde, custeadas com a verba do Fundo Estadual de Saúde. O órgão informou ainda que as transferências não são obrigatórias, pois se trata de uma contribuição.
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