segunda-feira, 27 de abril de 2015

COMERCIANTES TÊM PREJUÍZOS COM CONSTANTES QUEDAS DE ENERGIA EM GO


Comerciantes de várias cidades de Goiás reclamam dos prejuízos causados pelas constantes quedas de energia. Segundo eles, apesar de a tarifa ter sofrido um reajuste de quase 50% em setembro do ano passado, a Companhia Energética de Goiás (Celg) não consegue oferecer um serviço de qualidade.
Em Itumbiara, no sul do estado, os apagões interrompem o funcionamento de vários estabelecimentos. A farmacêutica Norma Dias de Oliveira conta que chega a ficar até 5 horas por dia sem energia.
"Praticamente a gente não faz nada porque a gente depende da iluminação. Tudo nosso, normalmente, depende da energia. A gente tem balança, computador, não recebe nada. O máximo que a gente faz é atender um telefone aguardando a volta da energia. O serviço todo para e a gente fica no prejuízo", reclama.
A gerência da Celg em Itumbiara informou que a falta de energia foi provocada por uma sobrecarga no transformador. Segundo a companhia, está sendo elaborado um projeto que prevê a troca do equipamento em até 60 dias.Na lanchonete do comerciante Waldivino Rodrigues Lopes Filho a situação não é diferente. Ele afirma que as constantes quedas de energia diminuem o faturamento. "Vai gerando só prejuízo. A gente tem umas parcerias que se não cumprirmos podemos ser cortados da agenda deles", diz.
Já em Anápolis, a 55 km de Goiânia, um bairro chegou a ficar 11 horas no escuro. O comerciante Reginaldo Brito Moraes perdeu R$ 500 em produtos do seu mercado por falta de acondicionamento necessário.
O empresário diz que enfrenta situações constrangedoras para manter o negócio. "[Nós ficamos] pedindo o cliente para não manter o refrigerador aberto e pegar a mercadoria com rapidez, o que gera até um certo desconforto para o cliente", lamenta.
Em Anápolis, a direção da Celg não foi localizada para responder sobre a questão.
No Entorno do Distrito Federal, a situação foi ainda pior. Segundo os moradores de Santo Antônio do Descoberto, há quedas de energia praticamente todos os dias. Em um mercado, o prejuízo passou de R$ 3 mil.
Em relação ao problema em Santo Antônio do Descoberto, um defeito em uma subestação ocasionou as quedas. De acordo com a Celg, o problema foi resolvido após a realização de uma manutenção.
Além das áreas urbanas, quem trabalha na zona rural também tem tido perdas com as oscilações no fornecimento de energia. Em uma fazenda de Rio Verde, no sudoeste de Goiás, os proprietários tiveram que adquirir seis geradores à diesel para manter a produção de leite e ovos.
No entanto, o custo para manter os equipamentos é alto. "Em 24 horas sem energia, nós gastamos mais ou menos 2 mil litros de óleo diesel. Com o óleo a R$ 3, o prejuízo é de R$ 6 mil. Além de contas altíssimas de energia", calcula o administrador da propriedade, Nilson Carvalho.
Segundo a Celg, o problema ocorreu devido a uma falha na distribuição, o que já foi solucionado. Porém, a estatal não explicou o que pretende fazer para evitar novas interrupções.
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