quinta-feira, 1 de outubro de 2015

INSS RETOMA ATENDIMENTOS EM GOIÁS, MAS PERITOS SEGUEM EM GREVE


Após a suspensão da greve dos servidores administrativos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que durou 78 dias, o atendimento ao público foi retomado na manhã desta quinta-feira (1º), em Goiás. Apesar disso, muitos segurados ainda não conseguiram resolver seus problemas em função da paralisação dos médicos peritos, iniciada no último dia 4.
É o caso do pintor Dinaldo Hipólito Cardoso, de 29 anos, que precisa passar por uma perícia para receber o auxílio-doença. Ele sofreu um acidente de moto no último dia 7 de agosto e quebrou uma vértebra e uma clavícula. “Não consigo trabalhar e estou parado, sem receber nada. A situação está bem difícil”.
Segundo ele, após inúmeras tentativas durante a greve dos servidores, conseguiu agendar o atendimento para esta manhã na agência de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. Ele chegou bem cedo e aguardou por pouco mais de meia hora para ser recebido por um atendente, mas segue sem o benefício.
“Disseram que eu tenho que ser avaliado pelo perito, mas eles estão em greve, então, a situação só deve ser normalizada em dezembro. Mandaram agendar novamente pelo telefone 135. Mas vou passar fome até lá. Isso é um absurdo, pois eu estou doente e esse auxílio é meu direito”, reclamou.

Situação difícil também enfrenta o vigilante Jalis Tomaz da Silva, de 43 anos, que sofreu um acidente de trânsito. Ele conta que, apesar da greve, conseguiu agendar uma perícia médica para o último dia 23. No entanto, quando chegou até a agência do INSS, foi informado sobre a greve dos peritos e não foi atendido. Nesta manhã, ele voltou ao local e conseguiu marcar uma nova data, mas para o dia 9 de dezembro.
“Até lá, ficarei sem o auxílio-doença que eu preciso. Reclamei, disse que eles deveriam fazer alguma forma para repor os atendimentos e agilizar essa fila, mas a atendente me disse que, enquanto os peritos não voltarem, tenho que esperar. Não sei o que vou fazer, parado, com minha mulher desempregada. Não teremos nem como pagar o aluguel”, contou.
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