O imbróglio judicial que envolveu a eleição do Diretório Estadual do MDB teve, nos bastidores, movimentações de aproximação entre os dois grupos que, hoje, se mostram divididos. Presidente reeleito do partido, Daniel Vilela, e o senador Luiz Carlos do Carmo protagonizaram conversações que só não resultaram em acordo por uma questão de tempo.
Candidato a governador derrotado em 2018, Daniel esteve na casa do senador, há cerca de duas semanas, para convidá-lo a integrar a chapa que concorreria ao diretório. Na ocasião, ouviu uma resposta negativa de Luiz Carlos do Carmo.
O argumento era de que ele não poderia compor a chapa pelo fato de estar assumindo na vaga de Caiado no Senado e que, por isso, sofria pressão do MDB caiadista, representado pelo prefeito de Catalão, Adib Elias, e o secretário de Governo, Ernesto Roller.
Para Luiz Carlos do Carmo, o certo seria entregar a sigla aos apoiadores de Caiado, pois esse seria o entendimento da maioria das lideranças emedebistas. Daniel respondeu que, sendo assim, era melhor que o grupo dissidente lançasse chapa própria e disputasse votos com ele na convenção.
No entanto, dez dias depois, com o desdobramento negativo da ação judicial proposta pelo grupo caiadista (a convenção aconteceu com base em uma liminar), Daniel foi procurado pelo novo senador. Ele havia decidido aceitar a proposta de composição, mas já era tarde. Daniel lhe respondeu que a chapa já estava fechada.
Durante a convenção de sábado, 19, circulou a informação de que o grupo caiadista articula intervenção federal no diretório estadual. A articulação seria do próprio senador Luiz Carlos do Carmo, via Renan Calheiros, que busca novo mandato de presidente do Senado.
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