domingo, 1 de novembro de 2015

SEM ACORDO NO PMDB, SIGLA FICA SEM COMANDO


Com impedimento judicial para realizar as eleições de seu novo diretório e um consenso cada vez mais distante, o PMDB goiano ficará sem presidente a partir de amanhã e terá seu novo comando definido pela executiva nacional, comandada pelo vice-presidente da República, Michel Temer.
Depois de tentar, sem sucesso, através de recurso negado pelo desembargador Francisco Vildon, anular a decisão que impedia as eleições partidárias marcadas para a tarde de ontem, o presidente atual do partido, Samuel Belchior, encaminhou no início da noite de ontem ao diretório nacional um pedido de instruções sobre os procedimentos futuros para a sigla em Goiás.
Independente da forma como os próximos passos se darão para o PMDB goiano, será necessária a indicação de uma comissão provisória que terá 90 dias para viabilizar novas eleições para as eleições de um novo diretório.
Em um clima de “ressaca”, membros dos grupos envolvidos na disputa evitavam ontem comentar o desfecho das eleições, assim como o futuro do partido.
Depois de dias de intensa disputa, membros do PMDB que têm melhor relação com o ex-governador Iris Rezende e do grupo liderado pelo deputado federal Daniel Vilela, que, através de articulação com o ex-deputado José Essado, conseguiu derrubar as eleições, consideram que é difícil estabelecer um consenso para indicar a comissão provisória em diálogo com a cúpula nacional.
Samuel é um dos pessimistas. “Não está fácil chegar a um consenso. Agora que abriu precedente de entrar na Justiça, todo mundo vai entrar, se achar que perdeu. Acho tudo isto muito ruim. Fiz de tudo para não chegar a este ponto, mas não foi possível”, afirma.
Um dos candidatos à presidência do PMDB, o deputado estadual José Nelto defende que todas as lideranças da sigla, incluindo Iris, o prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela e as bancadas estadual e federal devem se reunir para chegar a um consenso. A hipótese é, no entanto, considerada remota diante do clima que restou no partido.
O grupo ligado a Iris comenta que Daniel Vilela estaria articulando para ser indicado por Temer para assumir o comando da comissão provisória. Os aliados do deputado federal negam a movimentação.
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