Pacientes dormem na porta de um posto de saúde para tentar marcar consultas e exames em Itumbiara, no sul de Goiás. Na unidade, existe uma cota de vagas por especialidades e o atendimento é por ordem de chegada. A população pede que o município aumente o número de médicos na rede pública.
A fila para tentar consultar durante o dia começa ainda no fim da noite do dia anterior. Os pacientes dormem no chão, do lado de fora do Centro de Atendimento Integral à Saúde (Cais) de Itumbiara, cobertos por lençóis e cobertores. A espera para tentar ser atendido chega a 8 horas. Porém, mesmo com toda espera, não existe garantia de que o exame será marcado. “Eu cheguei 3h. Quando estava faltando duas pessoas [na minha frente], a atendente disse que não tinha vaga para o ultrassom, que não liberou. Mandaram a gente para a regulação e a regulação manda a gente de volta para cá [posto de saúde]. Não sei como vamos fazer”, disse a dona de casa Maria de Fátima Brito.
A unidade de saúde foi construída há 25 anos e realiza mais de 1,2 mil atendimentos por dia. Ao todo, 23 médicos atendem no local. Quem precisa fazer consultas ou exames pela rede pública reclama que o número de profissionais é insuficiente. “Eu acho que eles deveriam organizar mais um pouco, ou colocar mais médicos”, sugere a ajudante florestal Maria José Cassimiro.
O diretor do posto de saúde, Luiz de Assis, disse que já houve um aumento no quadro de médicos neste ano. “De acordo com o estudo que nós fizemos no final de 2014, em algumas especialidades a gente não tinha médicos suficientes e nós contratamos esses profissionais. As outras especialidades estão dentro da nossa demanda, da procura que vem até a gente”, esclareceu.
A Secretaria Municipal de Saúde de Itumbiara disse também que vai fazer um estudo para verificar quais especialidades têm mais procura para tentar resolver a situação. Porém, não foi informado quando esse levantamento será concluído.
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