sexta-feira, 21 de agosto de 2015

DOAÇÕES DE ÓRGÃOS NO ESTADO DOBRAM DESDE O ANO PASSADO


Nos últimos anos, houve um constante aumento no número de doadores por milhão de habitantes por ano no Brasil. O número é um índice internacionalmente aceito como o que melhor retrata a eficácia de todas as ações envolvidas nas diversas etapas dos transplantes, desde a acolhida do paciente até a entrega do corpo do doador aos familiares. Mas ao longo deste ano, acendeu-se uma luz amarela em nosso País, no sentido de que a curva crescente de aumento das doações encontra-se sob risco de interrupção, com previsíveis preocupações a todos os responsáveis e envolvidos na questão.
Como fatores relevantes e contribuintes para tal situação, na análise dos especialistas no assunto, poderíamos citar como principais, os ainda elevados índices de negativas familiares paras as pretendidas doações, bem como o baixo número de notificações de pacientes em morte encefálica por partes das UTIs, que são compulsórias e obrigatórias, conforme legislação vigente. A esses dois, acrescentaríamos as dificuldades de boa parte dos hospitais em diagnosticar a situação de morte encefálica de um paciente.
Por isso, todas as propostas, em especial aquelas oriundas dos legisladores, que possam contribuir para minimizar os problemas enunciados anteriormente, são muito bem vindas, e o projeto apresentado pela vereadora Cida Garcêz na Câmara de Goiânia encontra-se certamente respaldado tanto em seu mérito quanto aos objetivos a que se propõe.
Além disso, a Assembleia Legislativa de nosso Estado aprovou projeto de lei, assinado pelo deputado Hélio de Sousa, que isenta as famílias dos doadores efetivos de órgãos e tecidos para transplantes das despesas inerentes ao funeral. Tal documento encontra-se na Casa Civil à espera de análise por parte do Senhor Governador. É nossa grande expectativa e não menor desejo que, considerando a sensibilidade social do chefe do executivo estadual, a referida lei seja regulamentada, tornando-se importante ferramenta na melhora dos nossos índices de doação.
No que se refere à obtenção de resultados gratificantes, a melhoria dos índices de doações de órgãos e tecidos, depende fundamentalmente do comprometimento e empenho da população, na qual se encontram os milhares de pacientes que aguardam por um transplante. E que deve contar com adequada orientação e com mecanismos facilitadores para se atingir a tão sonhada doação.
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