Em entrevista coletiva, policias não descartam a possibilidade de envolvimento de outras pessoas no caso que resultou na morte da menina Ana Clara Pires Camargo, sete anos. O corpo da menina foi encontrado na manhã de hoje (22), às margens da GO-462, na área rural de Santo Antônio de Goiás.
A Polícia Civil não vai arquivar o inquérito com a morte do principal suspeito, o agente de revendas gráficas Luis Carlos Costa Gonçalves, de 35 anos.
Buscas
As buscas iniciaram na tarde da última sexta-feira (17), quando Ana Clara teria ido fazer um favor para a mãe na casa de uma vizinha. A menina teria sido vista pela última vez sendo abordada por um carro prata que os vizinhos não souberam dizer modelo e nem quem estava no interior do veículo.
Encontro
Depois de seis dias de procuras, com ajuda de cães farejadores e aparato da Segurança Pública inteiro, a menina foi encontrada por policiais militares da cidade de Santo Antônio de Goiás.
Os militares foram acionados por um chacareiro que achou estranho o abandono de um carro Gol prata placas PQB-0514. Com informações dentro da polícia, militares chegaram até a casa do proprietário e identificaram que no imóvel, na rua OM-17 do Residencial Orlando de Moraes, havia uma placa com um número de telefone para alugar.
“Os policiais ligaram para o telefone e Luis atendeu. Disse que era inocente e que iria se entregar pelo assassinato. Mas os policiais procuravam pelo homem que estava com o carro abandonado e não pelo homem que confessou o assassinato da criança”, disse o coronel Ricardo Mendes.
O corpo da menina foi achado a 30 metros do carro Gol. Apresentava avançado estado de decomposição, mas ainda foi possível que o pai a reconhecesse pelas roupas e outras características.
A Polícia Civil confirmou que Luis Carlos deu depoimento ontem à Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic). O conteúdo não foi divulgado, mas o suspeito foi liberado por falta de provas. “Ele falou com o delegado que preside o inquérito, mas como o próprio delegado está em diligências, mais detalhes não foram repassados”, contou o assessor de comunicação da Polícia Civil Gylson Ferreira.
Morte
“Ciente de quem era o homem e que ele deveria ser levado para dar esclarecimentos, os policiais chegaram até a namorada dela, que indicou: estava na casa do irmão dela”, relatou Ricardo Mendes. Os policiais foram recebidos no imóvel a tiros. Luis estava só no momento em que os militares do Serviço Reservado da Polícia Militar (PM2) chegou.
Em posse de um revólver calibre 38, Luis efetuou disparos que foram recusados até que ele foi morto.
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