A Polícia Civil indiciou, na sexta-feira (3), o lavrador de 55 anos preso suspeito de jogar soda cáustica na amante por tentativa de homicídio qualificado, em Catalão, região sudeste de Goiás. De acordo com a investigação, o crime aconteceu porque a mulher de 39 anos se recusava a encontrar com homem, com quem mantinha um relacionamento amoroso. Ela está internada em estado grave no Hospital de Urgências Governador Otávio Laje (Hugol), em Goiânia.
Segundo o delegado Vagner Sanches, responsável pelas investigações, para a conclusão do inquérito a polícia ouviu 13 testemunhas e analisou o laudo do Hugol. Ele afirma que o lavrador praticou o crime de forma deliberada para ferir a auxiliar de serviços gerais. De acordo com Sanches, a apuração apontou, a partir de depoimentos, que quando o casal mantinha relações sexuais, ele a agredia e a torturava.
O crime aconteceu no último dia 24. A vítima foi atingida por soda caústica no rosto, pescoço e braços e teve queimaduras de 1º e 2º grau.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima estava nua e amarrada em cima da cama. Segundo a polícia, o laudo do hospital apontou que a mulher teve várias partes do corpo coladas por cola instantânea.
O homem foi detido no dia 25 de maio, na GO-330. Segundo Sanches, na ocasião, ele confessou o crime aos policiais militares, mas disse que o fez porque a amante teria ameaçado sua esposa. No entanto, conforme a investigação, esta informação não procede. Uma amiga da mulher afirmou que o ato foi cometido porque o suspeito teria sido rejeitado.
Com experiência de mais de uma década na corporação, o delegado revelou que nunca havia visto um caso tão chocante. "Tenho 12 anos de polícia e esse foi o crime que mais me chamou atenção pela barbaridade como foi cometido", confessa.
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