O PMDB cobrou na semana passada do prefeito Paulo Garcia (PT) uma decisão sobre a concessão da rede de água e esgoto na capital. O petista respondeu revelando acordo com o governador Marconi Perillo (PSDB) para a gestão compartilhada da Saneago, que teria sua concessão renovada pelo município, e ressaltando que o PT poderá lançar candidato a prefeito em 2016.
O vice-prefeito Agenor Mariano, que presidiu em 2013 a comissão no Paço para avaliar a concessão municipal da Saneago, teve a missão no PMDB de cobrar o petista. "A comissão concluiu que a Prefeitura devia assumir os serviços ou realizar nova licitação”, disse. Por que o prefeito não tomou nenhuma decisão? “Não sei. Deve ter seus motivos”, respondeu o vice.
A reação de Paulo Garcia foi revelar a negociação com o governador tucano. "A concessão será compartilhada entre Prefeitura e Estado, em que vamos ter representantes na diretoria e no conselho da estatal", disse o petista. O prefeito incumbiu seu secretário Jeovalter Correia (Finanças) de negociar a concessão com o Estado, e não Agenor Mariano, que cuidou do assunto há dois anos.
Outro recado ao PMDB dado pelo prefeito foi sobre sua própria sucessão. "Nossa coligação vai fazer o sucessor, mas será difícil dialogar com partidos que já apresentam candidatura definida antes da hora. O PT tem ótimos nomes para a Prefeitura de Goiânia", enfatizou o petista.
No PMDB não parece haver dúvida que Iris Rezende será candidato a prefeito. "Ele lidera as pesquisas e não há nenhum outro nome no partido com chance real", diz um deputado irista. Os peemedebistas afirmam que dificilmente será cedido a vaga de vice-prefeito para outro partido, ainda mais para o PT. Acreditam que Paulo Garcia terá dificuldade de recuperar sua imagem.
"Estou na melhor fase da minha gestão. Temos 56 obras em execução, R$ 1 bilhão em investimentos federais e boa relação com a Câmara", disse o prefeito.
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