terça-feira, 4 de abril de 2017

Servidores mantêm greve na rede estadual de Educação em Goiás


Os servidores da rede estadual de Educação decidiram, nesta terça-feira (4), manter a greve em Goiás. Eles cobram o pagamento do piso salarial da categoria e também melhorias nas carreiras. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), 30% das escolas estão paralisadas e entre 50 e 70 mil alunos estão sem aula.
A greve começou no dia 15 de março. Segundo a presidente do sindicato, esse é um modelo diferente de paralisação, pois as escolas ficam fechadas por um certo período e depois ela volta a funcionar normalmente, enquanto outra entra de greve. “Estamos chamando de greve pipoca. Pipoca uma greve aqui, outra ali e, no fim, enchemos a panela. É uma técnica para fazermos a greve, chamar a atenção para a causa e fugir de retaliação por parte da Secretaria de Educação, como o corte de pontos, retirada de gratificação”, explicou.
A categoria afirma que o piso salarial está congelado desde 2015. Além disso, pedem uma nova tabela de salários e carreira para os servidores administrativos. “Alguns estão ganhando menos de um salário mínimo, como as merendeiras, por exemplo. O governo também fala que paga o piso, mas é mentira”, disse a professora Edineia Pereira.
Por fim, o sindicato também cobra a retirada da PEC 3458, enviada pelo governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), à Assembleia Legislativa. O projeto limita os gastos do governo por 10 anos e corta benefícios de algumas categorias.
A Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce) diz que apenas 8% das escolas estão parcial ou totalmente paralisadas e que as unidades que estão em pleno funcionamento vão garantir vagas para os alunos das que estão em greve.
O órgão afirma que estão em negociação com categoria e que já atendeu reinvindicações como a realização de um concurso público e também reajuste salarial para os servidores temporários.
Sobre o pagamento do piso salarial e o plano de carreira dos funcionários administrativos, a Seduce explicou que ainda analisa, junto às secretarias da Fazenda e do Planejamento, uma proposta para ser apresentada aos professores.
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