quarta-feira, 29 de março de 2017

Casal de namorados some após ser levado por supostos policiais, em GO


Um casal de namorados sumiu há 14 dias após ser abordado por homens que se identificaram como policiais, em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal. Segundo as famílias, eles estão há duas semanas sem notícias de Dallyla Fernanda Martins, de 21 anos, Darlei Carvalho da Silva, de 31.
“Ninguém sabe de nada. Todo mundo fica preocupado, sem saber se ela está bem, como que está, o que está acontecendo”, lamentou um familiar da jovem, que não quis se identificar.
Vizinhos de Darlei contaram que, na noite de 15 março, três carros pararam em frente à casa dele. Segundo as testemunhas,  cinco homens, sendo que alguns estavam encapuzados, desceram dos veículos, se identificaram como policiais, arrombaram o portão e levaram o casal.Os parentes contaram que o casal estava junto há pouco mais de 1 ano. Dallyla saiu de casa dizendo que ia para a residência do namorado.
“Estavam bem armados, tipo com fuzil, e gritando que era polícia. Bateu o pé no portão, já pegou ele pelo pescoço, saiu arrastando. Sumiram ele e ela”, relata uma moradora.
Investigação
A Polícia Civil informou que já ouviu sete pessoas na Delegacia Regional de Águas Lindas de Goiás. Segundo o delegado Fernando Gama, responsável pelo caso, a corporação não descarta que policiais estejam envolvidos.
“Os indivíduos que chegaram se apresentaram como policiais. A gente vê também que é comum na criminalidade, em vários casos, as pessoas chegam se apresentando como policiais, mas a gente não descarta essa vertente também, de ter participação de policiais”, disse Gama.
O delegado explicou que também apura se o sequestro tem relação com a morte do irmão de Darlei, que aconteceu uma semana antes do desaparecimento do casal. “No dia 8 de março um dos irmãos de Darlei foi perpetrar um roubo em Caldas Novas, teve um confronto com a Polícia Militar e foi morto no confronto”, explicou o delegado.
Darlan possui passagens pela polícia por tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e homicídio.
A família mantém o quarto de Dallyla como ela deixou. “A minha filha que é afilhada dela pergunta: ‘Cadê a dinda?’. E você imagina como os filhos dela estão”, lamenta uma parente.
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