A estudante de relações públicas Tiele Miranda, de 21 anos, denuncia que foi vítima de injúria racial dentro de uma lanchonete, no domingo (23), em Goiânia. Ela afirma que foi ofendida por um taxista após intervir em uma discussão entre ele a atendente do estabelecimento. Um vídeo mostra a confusão (veja acima).
Nas imagens é possível ver que o taxista, que usa muletas, bate no balcão. Após uma discussão, o homem tenta ir embora, mas a estudante e amigos impedem a saída dele. “Para tomar o quê? Meu banho? Porque eu preciso tomar banho?”, questionou a jovem. “Por que você precisa tomar banho. Água fria”, respondeu o taxista, dizendo que queria sair da lanchonete. “Você não vai sair enquanto a polícia não chegar”, rebateu Tiele.
Tiele disse que havia acabado de tomar um lanche e estava sentada na mesa com amigos, quando viu o taxista gritando com a atendente e decidiu intervir. Neste momento, a jovem afirma que foi ofendida.O caso aconteceu na tarde de domingo (23) na Avenida Araguaia, no Centro de Goiânia. A atendente da lanchonete, que não quer se identificar, contou como a confusão começou:
“O cliente já chegou alterado dentro da loja e eu perguntei qual era o recheio dele. Aí ele disse que eu era obrigada a saber qual era o sanduíche dele, que eu era uma incompetente, que eu era burra. Aí tinha uma cliente que lanchou antes dele que tomou as dores e disse que ele não tinha que falar assim comigo”, relatou.
“O cliente já chegou alterado dentro da loja e eu perguntei qual era o recheio dele. Aí ele disse que eu era obrigada a saber qual era o sanduíche dele, que eu era uma incompetente, que eu era burra. Aí tinha uma cliente que lanchou antes dele que tomou as dores e disse que ele não tinha que falar assim comigo”, relatou.
“Ele chegou pedindo sanduíche para a atendente e começou a gritar com ela, a chamando de burra, dizendo que ela tinha que estudar para atender ele. Todos ficaram incomodados, mas não falaram nada. Eu levantei e falei que ele não poderia falar desse jeito e ele disse que eu tinha que tomar banho pra falar com ele, que eu tinha que voltar pra África porque sou preta”, contou a estudante.
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