O ano de 2015 já é o recordista de notificações de casos de dengue em Goiás. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) passou a centralizar os dados coletados com os municípios em 2010, quando foram 115.070 registros e ocorreram 91 mortes. Neste ano, até a 47ª semana, já são 182.537 ocorrências, sendo 91.489 casos confirmados e 76 mortes.
O recorde anterior havia sido registrado em 2013, quando foram notificados 163.804 casos, sendo 91.684 confirmados, e ocorreram 95 mortes.
O secretário Estadual de Saúde, Leonardo Vilela, diz estar preocupado com a situação. “Ainda estamos no período chuvoso, mas com incidência moderada dos casos de dengue, sendo 200 a 300 por semana, o que não é considerado um período de pico, quando chegam a ser registrados mais de 10 mil. No entanto, a partir de janeiro teremos um novo salto, pois os focos do Aedes aegypti continuam a ser encontrados”, alertou.
Segundo o último boletim divulgado pela SES, na última quinta-feira (3), as três cidades com o maior número de incidência da dengue neste ano são Goiânia, com 77.862 casos, Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana, com 15.937 notificações e Anápolis, a 55 km da capital, com 10.716.
Das 76 mortes, 31 ocorreram em Goiânia, cinco em Aparecida de Goiânia, quatro emJataí, seguidos de Anápolis, Goiatuba eMineiros, com três casos cada, e de Ceres,Crixás, Morrinhos e Novo Gama, com duas ocorrências cada.
As cidades com o registro de uma morte cada foram: Abadiânia, Brazabantes, Britânia, Campinorte, Campo Limpo de Goiás, Carmo do Rio Verde, Goianésia, Goianira, Inhumas, Iporá, Itapaci, Itumbiara, Morro Agudo de Goiás, Rialma, Rio Verde, Rubiataba, Trindade, Uruaçu e Valparaíso de Goiás.
Em relação ao país, Goiás é o estado que registrou a maior incidência de casos de dengue a cada 100 mil habitantes, segundo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde até o dia 14 de novembro. Foram 2.314 registros. Em seguida aparece o estado de São Paulo, com taxa de 1.615 casos e Pernambuco, com 901.
Focos do mosquito
Segundo Vilela, estudos apontam que 80% dos focos do mosquito encontrados em Goiás estão dentro das casas. Ele pede ajuda dos moradores para reverter essa situação.
Segundo Vilela, estudos apontam que 80% dos focos do mosquito encontrados em Goiás estão dentro das casas. Ele pede ajuda dos moradores para reverter essa situação.
“Os focos estão em entulhos, calhas, vasos de plantas, pneus armazenados inadequadamente, depósitos de água, caixas d'água destampadas. Então também cabe à população fazer esse controle e ao Estado se atentar aos demais 20%, que estão em ruas, parques, entre outras áreas públicas”, destacou.
Quem já sofreu com a doença diz que mudou a postura em relação ao combate ao mosquito, como o feirante Amauri Assunção Cortez, de 52 anos, que mora no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia.
Quem já sofreu com a doença diz que mudou a postura em relação ao combate ao mosquito, como o feirante Amauri Assunção Cortez, de 52 anos, que mora no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia.
“Tive dengue no começo deste ano e sofri demais, pois pensei que era muitas coisas até ter o diagnóstico. Não conseguia comer, sentia muita dor no corpo e minha pele ficou toda empolada. Fiquei tão mal, que passei dois dias internado. Aí, quando consegui me recuperar, fiquei traumatizado e não sossego enquanto não matar qualquer mosquito que se aproxime de mim.
0 comentários:
Postar um comentário