sexta-feira, 6 de abril de 2018

Jovem presa suspeita de matar companheiro já tinha histórico de agressão a ex-namorados, diz delegado


Polícia Civil de Goiás informou que a jovem de 20 anos que foi presa suspeita de matar o companheiro com uma facada no peito tem histórico de agressão a namorados. Até as 15h desta sexta-feira (6), sete testemunhas e a detida já tinham sido ouvidas. Ingrid Cristhine da Silva Rodrigues, de 20 anos, disse em interrogatório que o próprio empresário Lindomar Trovão dos Santos, de 42, se golpeou durante briga por ciúme.
O crime aconteceu nesta quinta-feira (5) em Itauçu, na região central. Ingrid morava com Lindomar desde o início do ano, na casa dele. Na ocasião, uma tia dela estava hospedada na residência.

Para o delegado Miguel da Mota, não há dúvida de que versão dada pela jovem não corresponde à realidade. “Estamos tentando traçar o perfil psicológico dela. O que temos, que as testemunhas já nos trouxeram, é que ela é uma pessoa desequilibrada e violenta.”
“Nenhum ex registrou ocorrência, mas os casos são conhecidos, porque a cidade é pequena. Já identificamos alguns desses que foram vítimas e vamos intimá-los”, completou o investigador.

Bastante conhecido na cidade, de acordo com o delegado, o empresário foi velado e enterrado nesta quinta (5). A polícia ainda quer descobrir a real motivação do homicídio e informou que pretende fazer a reconstituição do crime.

O crime

O casal teria discutido por ciúmes de relacionamentos anteriores enquanto bebia. As agressões teriam acontecido entre 2h e 3h, no bairro Centro. A mulher ainda não tem advogado.
Um vizinho para quem Lindomar conseguiu pedir ajuda foi quem chamou a polícia. O homem relatou que a suspeita tentou ficar com a corrente de ouro que o empresário usava, mas não conseguiu tirá-la.
A vítima chegou a ser levada para um hospital e, de acordo com os depoimentos dados à polícia, em todo momento afirmava que Ingrid havia lhe furado. O homem morreu em uma ambulância, quando seria levado para Goiânia.
O delegado informou que Ingrid pode responder por homicídio qualificado. Se condenada, ela pode pegar entre 12 e 30 anos de prisão.
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