A Polícia Civil prendeu cinco suspeitos de participar de quadrilha especializada em receptação de gado furtado durante Operação Traço, nesta sexta-feira (16), em Inhumas, no centro de Goiás. Entre os presos estão dois policiais civis suspeitos de receber vantagens indevidas e que não tiveram os nomes revelados. As investigações apontam que o grupo usava uma empresa fictícia de nome Traço Agropecuária para realizar vendas e movimentaram cerca de R$ 10 milhões nos últimos cinco anos.
“Depois dessa prisão levantamos informações e vimos que havia essa empresa fictícia atuando em Itauçu. Eles compravam o gado furtado na região, vendiam como se fosse legal. Através da empresa também, emitiam guia de transporte animal e lavavam o dinheiro. Nos últimos quatro meses eles comercializaram mais de 350 cabeças de gado”, relatou ao G1.O delegado responsável pela operação, Humberto Teófilo, afirmou que as investigações começaram há cerca de seis meses, quando dois suspeitos foram presos por receptação. Na época foi estabelecida fiança e eles foram soltos.
A operação prendeu o suspeito de liderar a quadrilha, Paulo Augusto de Paula Carvalhais Ribeiro, o primo dele que seria gerente da empresa, Pedro Henrique de Paula Carvalhais e um dos policiais em Goiânia. O segundo policial foi detido em Inhumas e o suspeito de ser motorista da empresa, Samuel de Macedo Vieira, foi preso em Itauçu, no centro goiano.
Conforme Teófilo, os policiais ajudavam o grupo tentando atrapalhas as investigações e realizando registros falsos de roubo de equipamentos da empresa para que o grupo pudesse cobrar do seguro. “Os policiais recebiam vantagens indevidas para atrapalhar as investigações, além de ajudarem a aplicar o golpe do seguro”, explicou.
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