A Polícia Civil apresentou, na sexta-feira (26) em Goiânia, oito pessoas presas suspeitas de aplicar golpes em empresários na venda de falsas caixas com falsos títulos do tesouro nacional, ações de petróleo e dinheiro. O golpe é conhecido como “Dinar”, fazendo alusão à moeda do Iraque. De acordo com a polícia, grupo vendia a caixa por até US$ 25 milhões para as vítimas. Segundo a investigação, se o conteúdo da caixa fosse verdadeiro poderia valer até US$ 400 milhões.
De acordo com o delegado Kleyton Manoel Dias, o golpe foi inspirado na história do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, que, no início da Guerra do Golfo, teria espalhado caixas pelo mundo na esperança de tentar resgatar depois. Ele conta que a quadrilha abordava empresários e políticos e oferecia a caixa. Após a oferta, pegavam um sinal de R$ 1 milhão e desapareciam.
“As pessoas que adquiriam estas caixas teriam a condição e o poder de levar estas caixas até a Suiça. Lá, em bancos próprios, transformariam as certidões em ações diretas de poços de petróleo”, afirmou.Ele afirma que os suspeitos prometiam que o valor da caixa poderia ser resgatado caso ela chegasse intacta até uma empresa petrolífera com sede na Suíça.
O grupo foi preso em flagrante na quarta-feira (24) no momento em que oferecia a caixa para uma possível vítima, em Goiânia. As investigações foram feitas pelo Grupo Antissequestro (GAS) da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) após a denúncia de uma das vítimas.
Segundo a polícia, a quadrilha chegava até o cliente usando carros de luxo. Durante a conversa, os suspeitos afirmavam que, para que o resgate do valor dos documentos e dinheiro presentes dentro do objeto fosse feito, o material não poderia ter os selos, que eram falsos, violados.
O delegado afirma que a quadrilha não conseguiu aplicar o golpe no estado, mas que já fez várias vítimas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Eles devem responder por estelionato e associação criminosa.
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