sábado, 25 de agosto de 2018

Ronaldo Caiado diz que, se eleito, vai revolucionar a saúde em Goiás


O senador Ronaldo Caiado (DEM) visitou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), Carlos Hipólito Escher, na quinta-feira, 16, acompanhado do candidato a vice-governador em sua chapa, Lincoln Tejota (Pros), dos postulantes ao Senado, Wilder Morais (DEM) e Jorge Kajuru (PRP), e do coordenador da campanha do democrata ao governo estadual, Adib Elias (MDB).
Segundo Ronaldo Caiado, a visita foi um “gesto de respeito” à instituição responsável por controlar e fiscalizar o processo eleitoral. “Nosso compromisso é o de cumprir com o rigor da lei todos os pontos que foram previamente definidos”, afirmou. “Ficamos sensibilizados ao receber uma avaliação detalhada de vários pontos da legislação em relação a comícios, eventos e contabilidade.”
Jornal Opção foi ao TRE-GO e conversou com o governadoriável a fim de mostrar ao eleitor as propostas do senador para algumas das áreas mais importantes do Estado, que podem ser conferidas na entrevista (gravada) a seguir. “A área da segurança pública será, bem como a saúde e a educação, prioridade do nosso governo desde o primeiro momento”, ressaltou o candidato.
Como médico, quais são as principais propostas para a saúde que o sr. pode destacar do seu plano de governo?
Primeiramente, a regionalização da Saúde. O que se tem praticado hoje não é correto. Não há a menor condição de socorrer um acidentado, alguém que tenha sofrido um acidente vascular cerebral, um infarto grave, lesões vasculares ou apresente um quadro de acidente politraumatizado. As pessoas muitas vezes ficam a 500 quilômetros de Goiânia. O mínimo para que se possa dar dignidade é ter a regionalização da saúde. Este ponto é foco principal. Além disso, levaremos médicos e especialistas às regionais em Goiânia para produzirmos uma política preventiva com diagnóstico precoce, como o convênio que vamos fazer com o Hospital de Câncer de Barretos [atualmente chamado de Hospital de Amor] com o objetivo de trazer rapidamente a Goiás, tão logo tomemos posse, três carretas, sendo duas para exames de mamografia e papanicolau, para diagnosticar a fase inicial de câncer das mulheres, e a outra com ressonância magnética para que possamos avançar também nos exames in loco, já tendo por meio da telemedicina diagnósticos e laudos a fim de sabermos qual é a triagem que deverá ser feita. Ou seja, vamos revolucionar a medicina em Goiás.
O sr. apresentou a ideia de criar o Hospital de Almas. Esta é uma proposta que viria para substituir os Credeqs [Centros de Referência e Excelência em Dependência Química do Estado de Goiás]?
Os Credeqs têm demonstrado um gasto altíssimo e um resultado medíocre em termos de recuperação das pessoas diante do número existente de dependentes químicos e alcoólatras. Essas pessoas estão em uma fila com um total desatendimento por parte do governo. Precisamos dar celeridade aos fatos. Não adianta querermos atender apenas 10, 20, 50 pessoas. Temos um universo que atinge um percentual altíssimo dos jovens dependentes de crack e de pessoas que já estão em uma fase avançada do alcoolismo. Precisamos atender essas pessoas, assim como aquelas que estão na mendicância. Quero ter centenas de ações com todas as igrejas e pessoas que têm conhecimento para poder tratar os pacientes, buscando fazer algo que seja exemplo para o País, com resultados práticos da reinserção na sociedade e não esse quadro em que apenas saem do tratamento e, em uma semana ou um mês, estão de volta às drogas. Uma amplitude maior de oportunidades para as pessoas que são vitimadas pela droga e pelo álcool. Esse é o trabalho que vou fazer.
Qual será a sua posição em relação às OSs [Organizações Sociais] na saúde, se eleito governador?
Vou rever todos os contratos e avaliar de que maneira está chegando o atendimento à sociedade. Se o gasto é compatível com o resultado, se tem eficiência e se realmente é o melhor caminho a ser tomado. Não tenho preconceito com nenhuma modalidade de OS, de parceria público-privada, de qualquer outra ferramenta que venhamos futuramente produzir no sentido de dar melhor qualidade de vida ao goiano. Tanto que estou dizendo que pretendo ampliar essa ação social do governo por meio da participação das igrejas e demais entidades. Saberei valorizar em outros setores também o que é uma Apae [Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais], uma Vila São Cottolengo e uma Associação Pestalozzi. Cada uma em sua área específica. O Estado não é capaz de tudo. É capaz de fomentar, orientar e distinguir as ações que são mais urgentes, buscando sempre parcerias com os diferentes segmentos da sociedade de Goiás para que possamos mostrar um governo participativo e compartilhado com todos os goianos.
Quais são as suas principais propostas para a área da segurança pública?
Temos que resgatar a autoestima dos policiais de Goiás. O policial ganha R$ 1,5 mil. Não é possível que se possa esperar dele um resultado, uma eficiência, uma motivação. É um salário afrontoso para quem é responsável pela segurança pública de um Estado e da população. Um segundo ponto é fazer com que haja uma integração cada vez maior no setor de informação. Vou priorizar enormemente a parte da inteligência da polícia. É o lado que mais vou investir. Vamos ampliar o quadro de policiais. Com isso, vamos instalar o que pode ser chamado de um núcleo ou de uma força-tarefa, conciliando Receita Federal, Secretaria da Fazenda, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Federal e, se necessário, Força Nacional, para que possamos ter uma ação conjunta de inteligência para identificar onde fica o dinheiro da criminalidade. Isso não é apenas uma operação da polícia. É uma operação também da Receita Federal. Teremos uma nova política no Estado, com a prevalência da meritocracia. As pessoas que, por mérito, crescerão dentro da polícia ganharão também uma autoestima para que possam dar o retorno à população goiana, trazendo tranquilidade e combatendo a criminalidade. Tão logo termine as eleições quero começar a atuar fortemente em experiências que já existem, como penitenciárias capazes de fazer um isolamento completo daqueles que são os chefes e comandantes das maiores facções em Goiás. Não podemos deixar que jovens sejam sequestrados ou recrutados por essas facções criminosas. Trata-se de um combate real, mostrando que o Estado existe é para essa finalidade. A mão do Estado é para proteger o cidadão. E, chegando ao governo, as pessoas podem saber que vou exercer o meu mandato de governador com todas as prerrogativas. A área da segurança pública será, bem como a saúde e a educação, prioridade do governo desde o primeiro momento.
O que o sr. propõe para a educação?
A educação tem uma importância ímpar. Há a mudança dentro do ensino médio, que, infelizmente, as escolas de Goiás não estão preparadas para absorver. Temos que buscar a recuperação dos professores do Estado. Resgatar a perspectiva de poderem ter de volta a sua condição de qualificação que lhes foi tirada, desde que haja um resultado de eficiência na parte educacional. É fundamental discutirmos a titularidade. Assim como os policiais, teremos um fundo de valorização dos professores. Pretendemos instalar o Ideb [Índice de Desenvol­vimento da Educação Básica] anualmente para que possamos sentir rapidamente a diferença na alfabetização e na parte educacional das crianças. Buscaremos ampliar o nosso ensino em tempo integral, tentando concluir dezenas de escolas que foram iniciadas com objetivo politiqueiro, nunca acabaram e só aconteceram no período das campanhas eleitorais. É um trabalho árduo, de conciliação da educação com o esporte, saúde e políticas sociais, que estão totalmente interligadas, sabendo quais são as crianças que se encontram em uma faixa de risco maior, talvez pelos seus familiares, em decorrência do uso da droga e da criminalidade. Teremos uma atenção voltada para que a família possa cada vez mais se inteirar da realidade do aluno, ter maior participação no dia a dia da vida escolar. São esses os pontos que nós valorizaremos.
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