sexta-feira, 6 de julho de 2018

Casos de homens diabéticos em Goiânia crescem 76% em onze anos


Os casos de homens diabéticos em Goiânia cresceram 76% ao longo de onze anos. Os dados são da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), entre os anos de 2006 e 2017.
Na pesquisa consta que onze anos atrás, o número de goianos com a doença representava 4,6% da população, em 2017, o porcentual chegou a 8,1%. O número de mulheres diabéticas também cresceu, porém em proporção menor quando comparado aos homens, e chega a 30% no período analisado.
Em 2017, segundo o Ministério da Saúde, Goiânia foi a quinta capital com a maior taxa de diagnóstico por diabetes, ficando atrás de Boa Vista (RR), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS) e Campo Grande (MS), respectivamente. No comparativo da doença entre as mulheres, a capital é a oitava.
O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério, dá conta também, que entre os onze anos analisados, os óbitos de pessoas por diabetes chegaram a 10.493 em todo o estado. O índice significa um crescimento de 21% entre 2006 e 2017.
A gerente de atenção secundária e terciária da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Milena Sales Costa, explicou que Goiânia conta com dois ambulatórios especializados no tratamento de diabetes, que atendem 192 pacientes no total. Ela esclarece que, após o diagnóstico na rede pública de saúde, os pacientes são encaminhados para os locais adequados onde recebem assistência médica e os medicamentos de forma gratuita.
Além disso, como esclarece Milena, o município possui um programa de Apoio Matricial, em que os pacientes e seus familiares passam por um trabalho educativo com especialistas da área da saúde e são encaminhados para o tratamento necessário. “Nós também realizamos um trabalho com todas as nutricionistas do município para elaborar cardápios adequados aos pacientes”, conta a gerente.

Cead

No último dia 27, foi inaugurado o Centro Estadual de Atendimento ao Diabetes (Cead), gerido pela Secretaria de Estado da Saúde (SES) e que já iniciou as atividades nesta segunda-feira (2).  No local, são oferecidos serviços de psicologia, fisioterapia, neurologia, enfermagem, serviço social, médicos e nutricionistas.
O Cead conta também com uma cozinha experimental com o intuito de orientar pacientes e familiares no preparo de pratos que proporcionem uma alimentação saudável e condizente com as retrições impostas pela diabetes.
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