FOLHA DE ÁGUA LIMPA

DOR INTENSA! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

CONTAS REPROVADAS! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

DENÚNCIA!...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

PRISÃO! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

TORTURA DE CRIANÇAS! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

ENTRAR COM MACONHA! ...

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MAIS MORTES! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

MAIS CARO!!...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

SUSPENDEU! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

ACIDENTE! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

O PERIGO AUMENTA!...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

ATOLADO! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

MOMENTO DE RAIVA! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

MODERNIZANDO! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

PRESOS! ...

domingo, 29 de outubro de 2017

Maior apreensão de drogas do ano é feita em Rio Verde




A Polícia Militar realizou na manhã desta sexta-feira (27) a maior apreensão de drogas do ano. 1.790 quilogramas de maconha foram encontrados em uma residência na Rua Pavão, no Bairro da Liberdade, em Rio Verde.
Seis mandados de busca e apreensão foram emitidos e quatro foram cumpridos na cidade, sendo um deles na residência do Bairro da Liberdade. Segundo informações da PM, quatro pessoas da mesma família foram presas pela posse da droga apreendida.
Ainda segundo informações da PM, a droga seria distribuída para os responsáveis pela venda neste fim de semana, no entanto, ainda não se sabe se a maconha ficaria em Rio Verde ou iria para outros municípios.
Para transportar a mercadoria, a polícia precisou de quatro camionetes e um carro. Os preso foram conduzidos para a 8° Delegacia de Polícia de Rio Verde e não tiveram sua identidade divulgada.
Mais de 1700 quilos de maconha apreendidos em Rio Verde (Foto: Polícia Militar)

Daniel Vilela afirma que Iris Rezende e Iris Araújo vão apoiá-lo para governador em 2018




Na semana passada, o deputado federal Daniel Vilela, do PMDB, articulava uma visita, com o ministro Helder Barbalho, à Chapada dos Veadeiros. “Estou preocupado com as queimadas e precisamos encontrar fórmulas para evitar que outros incêndios aconteçam.”
Pré-candidato a governador pelo PMDB, Daniel Vilela diz que tem consciência de que não dá para resolver tudo em 2017. “Movimento-me pelo interior, articulo com os companheiros e exponho meu nome, minhas ideias e minha imagem como postulante ao governo de Goiás. Percebo que, praticamente definida minha candidatura, porque não há a mínima possibilidade de recuo, começo a ser assimilado. Criaram uma ‘marola’, cuja falta de conteúdo é evidente, de que eu poderia abrir espaço para o senador Ronaldo Caiado (DEM). Os que me conhecem sabem que sou decidido e o único projeto que me interessa para 2018 é a disputa do governo de Goiás. Não tenho outro projeto. É definitivo.”
Definido como “o nome do PMDB”, Daniel Vilela afirma que começa a costurar alianças com outros partidos. “Respeito o tem­po dos políticos e não sou invasivo. Conversei com a senadora Lú­cia Vânia, com o ex-deputado Vil­mar Rocha, com o senador Wilder Morais e com integrantes do Solidariedade. No PSB de Lúcia, por quem tenho o máximo de respeito, o vereador Elias Vaz é simpático à minha candidatura. Como disse, não vou forçar a barra e exigir que me apoiem. Mas, como sei que o bolo do governismo não dará para todos e que a aliança tende a explodir, vou esperar.”
Há a suspeita de que o casal Iris Rezende, prefeito de Goiânia, e sua mulher, Iris Araújo, pré-candidata a deputada federal, sem tanta sutileza, estariam apoiando a pré-candidatura de Ronaldo Caiado a governador. “Em política, aprendi uma coisa: é preciso ler seus movimentos com o máximo de cuidado. Nem sempre o que aparece na imprensa é fato objetivo, às vezes é mera interpretação estabelecida a partir de uma informação mal costurada. Tenho conversado com Iris Rezende e com Iris Araújo. Os dois estão comigo e vão trabalhar na nossa campanha. Não tenho a menor dúvida. Iris Araújo será candidata a deputada federal e a estrutura que me apoia em Aparecida de Goiânia já decidiu apoiá-la.”
A respeito de Ronaldo Caiado, Daniel Vilela afirma que o respeita. “Não sou de achincalhar políticos, mesmo adversários mais renhidos. Não falo com o senador há pelo menos quatro meses, o que não significa que não podermos estabelecer uma composição eleitoral em 2018 — desde que ele apoie minha candidatura.” Aliados do deputado sublinham que, em 2014, o PMDB pôs toda a sua máquina eleitoral a serviço da campanha de Ronaldo Caiado para senador. “Em 2018, como prova de que admite compromisso, teria de retirar sua candidatura, já que tem mais quatro anos no Senado, e apoiar Daniel Vilela”, afirma um deputado estadual. “Caiado tem direito de disputar, assim como eu”, prefere dizer Daniel Vilela.

Marconi sobrevoa Parque Nacional para avaliar extensão dos danos causados pelo fogo




PMDB cobra fatura de Caiado e se une em torno de Daniel Vilela




Os últimos encontros do PMDB goiano têm servido para reforçar a necessidade de se manter a tradição do partido de disputar eleições como protagonista. Para tanto, lideranças da sigla de todo o Estado engrossam o coro em defesa do nome do deputado federal Daniel Vilela como representante do partido no pleito do ano que vem.
Ao que parece, até mesmo aliados do senador democrata Ronaldo Caiado dentro do PMDB têm se rendido ao levante partidarista e defendido de forma ferrenha o nome do parlamentar. O prefeito de Catalão, Adib Elias, foi só elogios a Daniel durante encontro da sigla em Catalão, neste sábado (28). Falou que o deputado federal age de forma inteligente e desenvolta, e garantiu que sempre defenderá a bandeira peemedebista. “Renovação agora tem nome: Daniel Viela”, declarou Adib.
Em busca de um consenso favoràvel à sigla, peemedebistas já têm começado a “cobrar” uma fatura antiga do senador Ronaldo Caiado. O deputado estadual Waguinho Siqueira afirmou estar na hora do partido lembrar do “grande serviço” que prestou a Ronaldo Caiado (DEM) nas últimas eleições e fazer com que o senador democrata apoie a candidatura da legenda.
“Tenho muita admiração e respeito por Caiado, mas acabamos de prestar um grande serviço a ele. O PMDB teve um papel fundamental em sua eleição. E é natural que ele deseje concorrer ao governo de Goiás, mas é hora do partido cobrar uma retribuição”, afirmou.
O parlamentar integra o crescente movimento peemedebista que tem se engajado em viabilizar o nome do deputado federal Daniel Vilela (PMDB) para as eleições do ano que vem. Na avaliação dele, a candidatura está consolidada e é tida hoje como irrevogável.
Sobre a participação do prefeito de Goiânia e maior líder do partido do Estado, Iris Rezende, na formatação eleitoral da oposição para o ano que vem, Waguinho garante que o decano é um homem de partido e jamais seria contra a candidatura de um colega de legenda. “Eu ando pelado se o Iris não estiver nessa caminhada conosco”, desafiou.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Filho mata pai e mãe a pedradas após discussão em Jaraguá



Um rapaz de 27 anos confessou que assassinou os pais na cidade de Jaraguá, a 120 quilômetros de Goiânia. Marcos Antônio da Silva disse ter matado a mãe Sirlene Ferreira da Silva, de 49 anos, e o pai José Antônio da Silva, de 53, com pedradas. O suspeito também se envolveu em um acidente após o crime.
Segundo o delegado Glênio Alves, Marcos alegou que estava sob efeito de drogas e que após uma discussão com as vítimas teria praticado o crime. “Ele alegou que chegou em casa às 6 horas da manhã e que teria discutido com o pai. Durante isso, ele teria dado um murro na cara do pai, que teria caído desmaiado. A mãe teria vindo socorrer o marido e, após uma nova discussão, ele teria agredido a vítima com um murro e ela também caiu desacordada”, relata o delegado.
Ainda de acordo Glênio, o suspeito teria batido a cabeça da mãe cinco vezes até o crânio rachar. Marcos ainda teria desferido cerca de cinco socos na cara da mulher. Com o pai, Marcos jogou duas pedras na cara do genitor. A frieza com o que ele destacou isso impressionou o delegado. “Ele ainda teria ficado com os corpos dentro da casa, ouvido música, tomou banho, saiu para comprar comida e estaria mentindo para o irmão que os pais não estavam em casa.”
Segundo a perícia técnica, a mãe morreu de traumatismo craniano e o pai foi vítima por asfixia. Depois das mortes, Marcos tentou fugir pela BR-153 e acabou se envolvendo em um acidente com um caminhão. Com o impacto, o automóvel foi incendiado.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o carro seguia no mesmo sentido em que o caminhão, quando invadiu a pista contrária. O condutor da carreta conseguiu dar ré para evitar que o fogo atingisse o veículo.
Marcos foi retirado do veículo com escoriações e fraturas e foi encaminhado para a unidade de saúde. Marcos foi autuado por duplo homicídio e será transferido para o presídio da cidade

Adolescente que atirou em colegas de classe foi transferido para centro de internação

O adolescente que atirou em colegas de classe no Colégio Goyases foi transferido, na tarde desta segunda-feira (23), para um centro de internação. As informações são do delegado responsável pelo caso, Luiz Gonzaga Júnior.
A transferência do jovem de 14 anos da Delegacia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), onde estava desde sexta-feira (20), para um centro de internação foi uma decisão judicial. O local não foi divulgado para garantir a segurança do garoto.
Atentado
Na manhã de sexta-feira (20), o adolescente de 14 anos, filho de  policiais militares, abriu fogo contra colegas em sala de aula matando dois e deixando quatro jovens feridos. De acordo com as investigações, ele agiu motivado por bullying e disse ter se inspirado nos casos de Columbine, nos Estados Unidos, e Realengo, no Rio de Janeiro, em que atiradores também abriram fogo dentro de escolas.
O inquérito do caso já foi concluído e e enviado para o Ministério Público.

Listão de quem vai deixar o governo de Marconi Perillo em dezembro deste ano




O governador Marconi Perillo e o vice-governador José Eliton, do PSDB, já alertaram os aliados: quem for disputar mandato eletivo deve entregar o cargo em dezembro de 2017. Há pressões para que os cargos sejam devolvidos somente em abril de 2018, no prazo determinado pela lei para desincompatibilização. Porém, como há pressões de deputados, notadamente dos estaduais, aqueles que forem candidatos devem mesmo sair em dezembro. Secretários e auxiliares que trocarem o governo pela disputa eleitoral não vão indicar, necessariamente, seus sucessores. Leonardo Vilela deve deixar o governo, não para disputar mandato, e sim para se tornar conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios.


Adailton Florentino do Nas­cimento/PSDB — O coronel de­ve deixar a Superintendência-Executiva da Secretaria de Go­verno para disputar mandato de deputado estadual.




Cairo Salim/PSDB — O chefe de gabinete do Ipasgo vai colocar seu nome para deputado estadual.




João Gomes/PP — O secretário extraordinário vai concorrer a uma vaga na Assembleia Legislativa.




Lêda Borges/PSDB — A titular da Secretaria Cidadã volta a ser de­putada estadual e disputa a reeleição.




Lucas Calil/PSL — Deixa se­cretaria extraordinária e disputa a reeleição para deputado estadual.




Luiz Stival/PSB — Sai da presidência da Agehab e será candidato a deputado estadual.




Rafael Louza/PSDB — Não es­tá definido, mas pode deixar a Juceg para tentar uma vaga na Assembleia.



Arquivo

Raquel Teixeira/PSDB — Deixa a Secretaria da Educação se for confirmada como vice de José Eliton.



Rubens Marques/PROS — O vice-presidente da Saneago planeja disputar mandato de deputado estadual.


Talles Barreto/PSDB — Um dos coordenadores do Goiás na Frente, reassume mandato de deputado estadual e disputa a reeleição.




Tayrone di Martino/PSDB — Deve disputar mandato de deputado federal. Deixará a Secretaria de Governo. É um dos mais pressionados pelos deputados.




Thiago Albernaz/PSDB — Diretor da Codego, deve ser candidato a deputado estadual.




Vilmar Rocha/PSD — Planeja disputar mandato de senador. Deixará a Secretaria das Cidades e Meio Ambiente.

Saiba o que Caiado, Lúcia Vânia e Maguito falavam um do outro

Efervescente, o ano de 1994 movimentou Goiás para escolha de presidente, governador, senadores, deputados estaduais e federais, cujos contornos se assemelham ao que se estamos prestes a viver em 2018: rompimentos, alianças e ataques.
Em 2 de abril de 1994, Iris Rezende Machado transmitia o cargo de governador ao então presidente da Assembleia Legislativa, Agenor Rezende, para concorrer ao Senado. Seu vice, Maguito Vilela, seria o candidato peemedebista ao governo do Estado. No mesmo dia, Iris foi descansar em uma de suas fazendas. Maguito mostrou-se otimista com a saída do atual prefeito de Goiânia para se dedicar à campanha que, dado à popularidade do governador naquele ano, o ajudaria no pleito. “Quem tiver dúvidas é só aguardar o resultado das próximas pesquisas”, avaliou, com seu otimismo retórico, à imprensa.
Em sua atuação parlamentar, Vilela tinha o orgulho de afirmar, ainda na pré-campanha, que havia apresentado diversos projetos para diminuir os recessos parlamentares e acabar com aposentadoria parlamentar. Antes mesmo de o PMDB anunciá-lo como o candidato que daria continuidade à gestão de Iris, Vilela quebrou o sigilo bancário – uma exceção entre todos os candidatos no país naquele pleito.
Lúcia Vânia, primeira mulher goiana a se candidatar e se eleger deputada federal pelo Partido Progressista (PP), um dos nomes para ir às urnas pelo Palácio das Esmeraldas, previa que o afastamento de Iris do governo fortaleceria as oposições no interior de Goiás. “A presença de Iris no comando do governo criava dificuldades para que muitas lideranças do interior pudessem se manifestar livremente, devido às pressões do Palácio das Esmeraldas junto, principalmente, aos prefeitos, com ameaças de paralisação das obras iniciadas nos municípios”. A candidata se entusiasmou com a desincompatibilização, mas não deixou de alfinetar: “não é possível que a população tenha que conviver com o uso abertamente da máquina do Estado na campanha eleitoral do partido do governo.”

Capa do Jornal Opção, de agosto de 1994, retrata as armas de cada candidato para a campanha eleitoral
Dali em diante, ela e o outro candidato, o deputado federal Ronaldo Caiado, à época do PFL, denunciariam cotidianamente o uso da máquina pública em favor da vitória da base peemedebista.
Lúcia Vânia buscou o consenso junto à oposição ao PMDB para derrotar Maguito Vilela ao Palácio das Esmeraldas, envolvendo os quatro partidos de oposição: o Partido Progressista, Partido da Frente Liberal, Partido Social Democrático Brasileiro, Partido Progressista Reformador. “Mas não faço desse acordo uma camisa de força. Ao mesmo tempo que eu busco o acordo, eu busco o fortalecimento do meu partido, porque a minha trajetória política foi sempre de luta”, comentaria em uma de suas entrevistas, sob críticas de líderes destes partidos que a acusavam de querer “manipular” a eleição, sem dar espaço, em convenções, a outros candidatos.
O deputado Mauro Borges, também pepista, tentava atenuar a irritação da oposição que resistia ao nome de Lúcia Vânia como cabeça da chapa majoritária. “Acredito em um acordo, até pela necessidade de se decidir a eleição já no primeiro turno”, informou o filho de Pedro Ludovico Teixeira. Alguns caciques, como Irapuan Costa Júnior e Henrique Santillo (à época no PP), também defendiam um candidato único da oposição.
Deputados do partido de Paulo Roberto Cunha, que articulava seu nome para o governo, criticavam a postura do PP em colocar toda a oposição num acordão, para desarticular o crescimento do nome de Maguito Vilela nas pesquisas.
A pré-campanha iniciou com um cenário inóspito. Enquanto a oposição não apresentava um consenso, a primeira pesquisa Serpes anunciava que Lúcia Vânia era rejeitada por 7,95%, Maguito Vilella por 12,5% e Ronaldo Caiado por 17,75%. O pefelista era líder tanto em rejeição quanto em intenção de voto.
A primeira consolidação de aliança foi estabelecida entre PSDB e PP. O tucano Nion Albernaz já encenava uma candidatura quando foi procurado por interlocutores de Lúcia Vânia para que articulasse, junto aos correligionários, a união. Maguito, em entrevista à Rádio Difusora, ironizou: “fritura de Nion Albernaz pelas oposições, quando o ex-prefeito anunciou que deixaria o PMDB. Tudo foi preparado para que a deputada Lúcia Vânia fosse a candidata das oposições, agora os votos do Nion, que foram para ele por ter sido do PMDB, vão vir para mim”.
Fogo cruzado
Definidos os candidatos, Maguito Vilela (PMDB), Lúcia Vânia (PP) e Ronaldo Caiado (PFL), ficariam definidos também os armamentos a serem utilizados no bombardeio da campanha eleitoral.

Com Maguito tranquilo na liderança, uma das campanhas da oposição acabaria após o primeiro turno
Armas, trabalhadores rurais, ditatura militar, máquina pública, cheque sem fundo, briga de galo, favorecimento de construtora do filho, construção de pista de pouso e reforma de fazenda dos cantores Leandro e Leonardo. Tudo como arsenal de guerra em ataques ferozes nos programas eleitorais, declarações em entrevistas e debates.
A primeira delas, logo no início, uma pílula de Maguito requentava uma história muito utilizada quando Caiado se candidatou a presidente em 1989. Caiado teria organizado leilões de gado pelo País inteiro para a aquisição de armas para o combate aos trabalhadores rurais – história essa que também consta na página 125 do aclamado livro “Partido da Terra”, de Alceu Castilho. Na época, o atual senador pelo Democratas presidia a União Democrática Ruralista (UDR), que o projetou nacionalmente como um dos mais ferrenhos representantes dos interesses do ruralismo, esvaziando, desde então, as sessões até que suas reivindicações fossem atendidas pelo governo federal.
Irritado, Ronaldo Caiado convocou sua assessoria jurídica e pediu que processassem Maguito. Os atritos permeariam entre os meses de abril a outubro e precisariam de diversas intervenções do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para acalmar os ânimos dos governadoriáveis.

Carlos Maranhão e Hamilton Carneiro: peças-chave nas campanhas de Lúcia e Maguito, respectivamente | Fotos: Dibulgação
A chapa majoritária da coligação “Goiás Para Todos”, encabeçada por Lúcia Vânia, se consolidara e roubava votos de Ronaldo Caiado, que iniciou forte, mas perdia força enquanto o PMDB usava a máquina pública a favor de Maguito Vilela. Inicialmente, Caiado vinha com um discurso mais democrático, sem ataques, mas depois de ter ressuscitado a polêmica do leilão de gados para comprar armas, aqueceu-se para críticas ferrenhas a Maguito Vilela e a Lúcia Vânia, que ultrapassava o ruralista nas pesquisas e nos espaços aos jornais. A primeira mulher a se candidatar ao governo de Goiás, com seu jeito educadíssimo, não temia os adversários. Ela apontava os defeitos.
A despeito de Maguito Vilela, repetia que “o candidato do PMDB não tem identidade” e que Ronaldo Caiado era “conservador”. Tudo porque Caiado e Vilela não mediam esforços para relembrar que Lúcia Vânia, além de vir de família rica, foi primeira-dama do Estado entre 1975 e 1979, época em que o seu então marido, Irapuan Costa Júnior, era governador de Goiás. Em muitas declarações, os adversários afirmavam que quem governaria, caso ela fosse eleita, seria Irapuan, que, mais tarde, não conseguiu se reeleger ao Senado Federal.
Em entrevista ao “Diário da Manhã”, Lúcia Vânia afirmou que não se sentia abalada com as críticas. “Eu estou perfeitamente preparada para assumir as críticas que porventura vierem com relação ao meu trabalho e até com a minha vida pessoal. Elas não irão me abalar de maneira alguma. Eu já tive muitos embates durante minha carreira política e este fato não será o complicador para a minha chegada ao Palácio das Esmeraldas.”
Não demorou para que Maguito Vilela alcançasse a liderança nas pesquisas, com oscilação entre Caiado e Lúcia Vânia em segundo lugar. Na medida que se aproximava o dia 3 de outubro de 1994, surgiam novas denúncias e, consequentemente, novos ataques.
Com Maguito assegurado na liderança, os embates se concentravam entre a pepista e o pefelista:
De Ronaldo Caiado para Lúcia Vânia: “aética” por estar cooptando suas bases
De Lúcia Vânia para Ronaldo Caiado: candidato com alto índice de rejeição junto ao eleitorado e incapaz aglutinar forças no segundo turno das eleições;
De Lúcia Vânia para Ronaldo Caiado: “estou surpresa com sua fragilidade”, em alusão às dificuldades que se enfrenta durante uma campanha
Campanha
Coordenada por prefeitos da base do governo, Maguito Vilela percorreu Goiás, sobretudo os canteiros de obras deixados por Iris Rezende. Enquanto isso, a Caravana da Vitória da coligação PT-PCdoB-PPS buscava, timidamente, conseguir apoio pelo Estado.
Os programas eleitorais de Ronaldo Caiado, Lúcia Vânia e até mesmo de Luiz Antônio Carvalho (PT) batiam sistematicamente na tecla de que houve uso da máquina pública para beneficiar aquele que viria a ser o sucessor de Iris Rezende. Em seu programa, Caiado disparava: “O povo goiano é decente e merece mais respeito. O PMDB transformou essas eleições num escândalo político sem precedentes.”

Fora do segundo turno: o então deputado federal pelo PFL Ronaldo Caiado liderou as pesquisas por muito tempo, mas perdeu fôlego na hora agá |
Enquanto a discussão corria no cenário político, dona Iris de Araújo Machado era destaque no noticiário goiano ao ser convidada para compor a chapa do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia, para a Presidência. Embora até mesmo a oposição goiana tenha declarado alguma estima pela candidatura de dona Iris, o ex-deputado Adhemar Santillo, do PP, partido de Lúcia Vânia, declarou que ela “entrou em uma canoa furada”.
Nos debates, onde Maguito teve mais sucesso mobilizando a militância e enfraquecendo as oposições, os candidatos pareciam se exaltar ainda mais e protagonizavam momento em que denúncias falsas eram proferidas. A assessoria de Ronaldo Caiado afirmava que o intuito era provocar uma desestabilização. Contra o atual senador, surgiu a denúncia de um processo que, segundo ele, teria sido arquivo. Mas era mentira. Àquela altura, o juiz ainda tinha de ouvir testemunhas.
Lúcia Vânia, por sua vez, era acusada de ter favorecido, por meio de uma emenda no orçamento da União, a construtora Ética, de propriedade de um de seus filhos. Contudo, esse favorecimento não foi comprovado.
Já contra o candidato do governo, Maguito Vilela, via-se ataques rasos como um suposto cheque sem fundo em seu nome e promoção de briga de galo pelo peão da fazenda de seu pai. O cheque, ao final, tinha fundo. O momento fez com que até mesmo Iris Rezende se pronunciasse a respeito, chamando Ronaldo Caiado de “infeliz” devido sua “política da maldade”.
Vésperas
Com a ascensão de Maguito, Caiado e Lúcia entraram na chamada “hora do desespero”, como expõe a capa da edição 1.002 do Jornal Opção: uma das candidaturas oposicionistas morreria no primeiro turno, em 3 de outubro. Duas edições seguintes, Caiado, em entrevista, poupou Lúcia de críticas, pois, se passasse ao segundo turno, precisaria de seu apoio. Mas, em relação a Maguito, atirou em sua candidatura, como de costume, no melhor estilo Caiado de “crítica-metralhadora”, sublinhando que o candidato pemedebista não passaria de uma sombra de Iris Rezende, além de voltar a denunciar a máquina pública: “a máquina do governo agiu de maneira agressiva e ditatorial, perseguindo pequenos comerciantes e produtores, policiais, professores e funcionários públicos. Exigiu que as pessoas colocassem adesivos nos carros ou nas portas das casas. Disse ao mais humildes que, se o candidato do governo não ganhasse, suas casas seriam tomadas”
Lúcia Vânia também atacou a utilização da máquina pública, dizendo que o uso foi “abusivo” em prol da candidatura oficial, citando diversas representações na Justiça Eleitoral que denunciam irregularidades.
Maguito, durante toda a campanha eleitoral, respondia aos adversários destacando seu perfil “vindo de família humilde, amigo de pobres”. “Me cita uma pessoa pobre que seja amiga desses candidatos milionários”, desafiava. “O elitismo, a prepotência, a arrogância. Os adversários são orgulhosos, não têm identidade com o povo e durante suas vidas, sempre tiraram dos pobres”.
Fazenda de Leonardo
Não demorou para que um escândalo estampasse os jornais envolvendo o candidato Maguito Vilela. Documentos e cenas da fa­zenda Talismã, localizada na BR-060, próximo ao município de Posselândia, a 45 quilômetros de Goiânia, dos cantores Lean­dro e Leonardo, foram exibidos e cons­tataram que houve um comício realizado na propriedade rural, mas, para ter pouso, foi construído uma pista com recursos do governo estadual.
A dupla Leandro e Leonardo ameaçou deixar o Estado de Goiás caso Caiado ou Lúcia Vânia fossem eleitos. “Se o nosso banimento de Goiás for uma vontade política do futuro governador, embora não vivamos mais os tempos da ditadura, que se cumpra o arbítrio. Porém, se o nosso exílio tiver que acontecer, evitaremos o vexame. Nós iremos embora antes. Fare­mos apenas um show beneficente.” A declaração melodramática foi publicada na capa do “Diário da Manhã”, dia 27 de setembro de 1994, a sete dias das eleições.
Marqueteiros
“Maguito não faz promessa. Ele faz compromisso.” As palavras de Hamilton Carneiro, marqueteiro da campanha do peemedebista em 1994 corroboram com a “convicção”, “paciência” e “didática” do candidato e suas propostas, como a “Rede da Solidariedade”, que, segundo ele, foi fundamental para a arrancada. No tocante ao “tiroteio eleitoral”, o marqueteiro afirma que os ataques eram naturais, haja vista que Maguito representava o governo. “Existia, sim, um tom agressivo. E Maguito respondia à altura”.
Carlos Maranhão, coordenador de marketing da campanha de Lúcia Vânia, lembra ao Jornal Opção que, apesar do tom agressivo das campanhas, os ataques não chegavam a baixar para o nível pessoal. Ele garante que a candidata do PP se retraia e buscava evitar polêmicas, apostando em um programa de governo verdadeiro.
“Tínhamos na equipe pessoas como Roberto Lima e o jornalista Washington Novaes, que, com as suas visões, nos ajudavam a discutir problemas mais avançados. Enquanto Caiado apenas dizia que estava tudo errado, nós apresentávamos propostas”, lembra Maranhão.

Capa do “Diário da Manhã” destaca vitória do candidato do governo, Maguito Vilela, contra Lúcia Vânia
A quarta força
O empresário Luiz Antônio de Carvalho, com um patrimônio estimado à época em US$ 90 milhões, era um petista atípico. Fi­liado ao Partido dos Trabalha­dores desde 1985, era constantemente utilizado por Luiz Inácio Lula da Silva, candidato a presidente em 1994, como exemplo de que as ideias do PT poderiam convergir com as ideias do capital.
À época, contudo, uma característica chamou muita atenção da imprensa. Ele tinha algo em comum com Lula, muito além das ideias partidárias, que não conseguia passar despercebido. Ele também tinha um dedo da mão esquerda decepado depois de um acidente de trabalho.
Lula, quando tinha 19 anos, perdera o dedo mindinho numa prensa. Carvalho perdeu o dedo médio numa polia, aos 14, quando trabalhava numa fábrica do pai.
Mesmo quase não criticando adversários nem sofrendo muitos ataques, a quarta força daquele pleito tinha duras palavras contra os candidatos principais. Sobre Caiado, ele dizia que vinha de família tradicional, defendeu o ex-presidente Fernando Collor até o fim e foi contra a criação de Goiânia e a estrada de ferro. Em relação ao candidato do governo, Luiz Antônio de Carvalho expressava que Maguito perseguia produtores rurais cobrando impostos em cima da venda de galinhas, por exemplo, inviabilizando, dessa forma, o comércio e a indústria. Por fim, não poupou críticas a Lúcia Vânia: “primeira-dama de um governo biônico, que prendeu trabalhadores e oposicionistas e transformou Goiás em um curral eleitoral.”

Traçando um paralelo com 2018


Em 2018, José Eliton e Daniel Vilela devem disputar o governo contra Caiado. Alianças ainda estão indefinidas | Fotos: Fernando Leite / Jornal Opção
Três notas recentes da coluna “Bastidores”, do Jornal Opção, chamam a atenção para o que pode estar por vir nas eleições para governador do ano que vem. A primeira delas, de 23 setembro de 2017, cita fala do deputado federal Pedro Chaves, do PMDB. De acordo com ele, há um desejo de se manter o senador Ronaldo Caiado no bloco oposicionista. Ademais, salienta que, assim como o governadoriável Daniel Vilela, filho de Maguito, pretende ampliar suas alianças políticas. E a senadora Lúcia Vânia, hoje no PSB, é “bem-vinda”.
Em 7 de outubro, uma outra nota destaca que um deputado estadual pemedebista, provavelmente o caiadista José Nelto, estaria espalhando em cidades do interior que Daniel Vilela vai desistir de se candidatar ao governo a fim de abrir espaço para Ronaldo Caiado. Na mesma chapa, Maguito sairia ao Senado.
Já a nota de 14 de outubro retrata o que seria a cha­pa dos sonhos de Ronaldo Caiado para 2018: ele para o governo, com Daniel Vilela na vice, e uma das vagas do Senado sendo preenchida por Lúcia Vânia.
Conforme escrito pelo jornalista e escritor Ivan Lessa (1935-2012), a cada 15 anos, o Brasil esquece do que aconteceu nos últimos 15 anos. De 1994 para cá, passaram-se 23. Daniel Vilela era muito novo, mas Maguito, Lúcia Vânia e Ronaldo Caiado parecem ter, de fato, se esquecido do que diziam um do outro, já que ensaiam uma aliança no futuro.
Outras semelhanças
Uma pesquisa Gallup, do início de julho de 1994, apontava que 26,9% rejeitavam Lúcia Vânia por ser mulher e Maguito, 23,80%, em decorrência de suas ligações políticas. Além disso, 13,50% disseram que Ronaldo Caiado “nunca fez nada”.
A reportagem “Cadê o conteúdo, senador?”, de 19 de agosto deste ano, assinada pelo jornalista Cezar Santos, do Jornal Opção, discorre sobre uma entrevista dada por Caiado ao “Diário da Manhã”, em que o senador “enrola e responde pouco”, deixando de apresentar algo que tenha feito por Goiás, apesar do vasto currículo político, isto é, a pesquisa da Gallup permanece atual e, se refeita, pode até apontar números maiores sobre Caiado à medida em que se espera uma rejeição menor a Lúcia Vânia pelo simples fato de ser mulher.
Números altos Ronaldo Caiado conserva atualmente nas pesquisas de intenção de voto a governador. Assim como em 1994, aparece, antes do pleito, disparado à frente de um candidato do governo e outro da oposição. No caso do pleito vindouro, José Eliton, do PSDB, e Daniel Vilela, do PMDB.
O marqueteiro Hamilton Carneiro externa seu pensamento de que uma pesquisa de hoje, a um ano da votação, não reflete o que acontecerá no dia da eleição, semelhante ao que discute o editorial do Jornal Opção, de 16 de junho de 2017, “Virada surpreendente é o que caracteriza todas as eleições a governador de Goiás de 1994 a 2014”. Caiado tende, portanto, a perder força em 2018. Diferentemente de 1994, quando, sem entender o que tinha acontecido, culpou sua assessoria pela derrota, talvez o ano que vem seja o momento oportuno para uma autocrítica.

Dois vereadores de Inhumas são afastados por suspeita de organização criminosa

O delegado Humberto Teófilo cumpriu, na manhã desta segunda-feira (23/10), a decisão judicial que atendeu a representação da Polícia Judiciária, determinando o afastamento e impedimento de exercer funções públicas, inclusive do mandato, pelo prazo de 180 dias, de dois vereadores da cidade e outros nove funcionários da Casa de Leis.
A decisão faz partes das investigações da Polícia Civil na Operação Assepsia, sobre fraudes em licitações. Entre os afastados estão o presidente da Câmara, vereador Gleiton Luiz Roque (Tumate – PTB), e o vereador Leandro Essado (PMDB). Além deles, foram afastados o assessor jurídico Hugo Mendanha, o advogado Wender Aparecido Chaves Osório, diretora geral Larissa Pacheco Camilo, diretor contábil Ivolnês de Jesus Oliveira, o contador Luiz Henrique Canedo Vila Verde, o assessor parlamentar Rodolfo de Moraes Duarte Neto e os membros da comissão de licitação, Murilo Brandão Calil e Beigson Pereira Rodrigues.
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, há fortes indícios da existência de uma organização criminosa na Câmara Municipal de Inhumas para obter vantagens indevidas decorrentes de fraudes em licitações.
A decisão judicial também determina a proibição dos investigados de frequentarem a Câmara Municipal e do escritório de advocacia Hugo Mendanha Advogados Associados, local onde, segundo as provas, diversas pessoas estariam sendo instruídas, obstruindo a Justiça. Em caso de descumprimento da ordem judicial, os envolvidos podem ter prisão preventiva decretada.
O prejuízo aos cofres públicos, calculado pela Polícia, pode chegar a mais de 300 mil reais em apenas 10 meses de gestão do Presidente da Câmara, Tumate. A 1ª fase da operação “Assepsia” foi deflagrada no dia 19 de setembro, quando policiais civis cumpriram diversos mandados de busca e apreensão, dentre eles na Câmara Municipal de Inhumas e na residência do presidente da Casa.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

UM ORGULHO PARA OS AGUALIMPENSES



A noite desta terça-feira (17/10/2017) foi para encher de orgulho todo agualimpense que ama esta cidade e valoriza tudo que aqui é construído. No auditório do IF-Morrinhos, foi feito o lançamento e a noite de autógrafos do livro infantil "O macaco Juquinha", obra de duas 'crias' de Água Limpa, Thaynara Gabriela Barbosa Valdadão e Sabrina David de Azevedo, com a companhia de Paula Ferreira Dias e da Professora Ms Kênia Bomtempo. Nossa cidade tem muito a agradecer a vocês por demonstrarem a todos nós que somos capazes de construir nossa própria realidade e de ajudar a criar novos paradigmas para a educação não somente de Água Limpa, mas de nosso país. As fotos do evento você vê em www.agualimpagoias.blogspot.com.

domingo, 15 de outubro de 2017

Ser professor: uma escolha de poucos




Nos últimos anos, tornou-se comum a noção de que cada vez menos jovens querem ser professores. Faltava dimensionar com mais clareza a extensão do problema. Um estudo encomendado pela Fundação Victor Civita (FVC) à Fundação Carlos Chagas (FCC) traz dados concretos e preocupantes: apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio têm como primeira opção no vestibular graduações diretamente relacionadas à atuação em sala de aula - Pedagogia ou alguma licenciatura (leia o gráfico abaixo).

Uma profissão desvalorizada

Só 2% dos entrevistados pretendem cursar Pedagogia ou alguma Licenciatura, carreiras pouco cobiçadas por alunos das redes pública e particular

Fonte: Pesquisa Atratividade da Carreira Docente no Brasil (FVC/FCC)

A pesquisa, que ouviu 1.501 alunos de 3º ano em 18 escolas públicas e privadas de oito cidades, tem patrocínio da Abril Educação, do Instituto Unibanco e do Itaú BBA e contou ainda com grupos de discussão para entender as razões da baixa atratividade da carreira docente. Apesar de reconhecerem a importância do professor, os jovens pesquisados afirmam que a profissão é desvalorizada socialmente, mal remunerada e com rotina desgastante (leia as frases em destaque)
"Se por acaso você comenta com alguém que vai ser professor, muitas vezes a pessoa diz algo do tipo: 'Que pena, meus pêsames!'"
aluna de escola particular em Manaus, AM
"Se eu quisesse ser professor, minha família não ia aceitar, pois investiu em mim. É uma profissão que não dá futuro."
André aluno de escola particular em Campo Grande, MS
* Os nomes dos alunos entrevistados foram alterados para preservar a confidencialidade da pesquisa

O Brasil já experimenta as consequências do baixo interesse pela docência. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), apenas no Ensino Médio e nas séries finais do Ensino Fundamental o déficit de professores com formação adequada à área que lecionam chega a 710 mil (leia o gráfico ao lado). E não se trata de falta de vagas. "A queda de procura tem sido imensa. Entre 2001 e 2006, houve o crescimento de 65% no número de cursos de licenciatura. As matrículas, porém, se expandiram apenas 39%", afirma Bernardete Gatti, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas e supervisora do estudo. De acordo com dados do Censo da Educação Superior de 2009, o índice de vagas ociosas chega a 55% do total oferecido em cursos de Pedagogia e de formação de professores.

Faltam bons candidatos

A baixa procura contrasta com a falta de docentes com formação adequada

Fontes: Inep e Censo da Educação Superior (2004 e 2008)


Um terço dos jovens pensou em ser professor, mas desistiu




Ilustrações: Mario Kanno
O estudo indica ainda que a docência não é abandonada logo de cara no processo de escolha profissional. No total, 32% dos estudantes entrevistados cogitaram ser professores em algum momento da decisão. Mas, afastados por fatores como a baixa remuneração (citado nas respostas por 40% dos que consideraram a carreira), a desvalorização social da profissão e o desinteresse e o desrespeito dos alunos (ambos mencionados por 17%), acabaram priorizando outras graduações. O resultado é que, enquanto Medicina e Engenharia lideram as listas de cursos mais procurados, os relativos à Educação aparecem bem abaixo (leia os gráficos na página ao lado).

Um recorte pelo tipo de instituição dá mais nitidez a outra face da questão: o tipo de aluno atraído para a docência. Nas escolas públicas, a Pedagogia aparece no 16º lugar das preferências. Nas particulares, apenas no 36º. A diferença também é grande quando se consideram alguns cursos de disciplinas da Escola Básica. Educação Física, por exemplo, surge em 5º nas públicas e 17º nas particulares. "Essas informações evidenciam que a profissão tende a ser procurada por jovens da rede pública de ensino, que em geral pertencem a nichos sociais menos favorecidos", afirma Bernardete. De fato, entre os entrevistados que optaram pela docência, 87% são da escola pública. E a grande maioria (77%), mulheres.

O perfil é bastante semelhante ao dos atuais estudantes de Pedagogia. De acordo com o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) de Pedagogia, 80% dos alunos cursaram o Ensino Médio em escola pública e 92% são mulheres. Além disso, metade vem de famílias cujos pais têm no máximo a 4ª série, 75% trabalham durante a faculdade e 45% declararam conhecimento praticamente nulo de inglês. E o mais alarmante: segundo estudo da consultora Paula Louzano, 30% dos futuros professores são recrutados entre os alunos com piores notas no Ensino Médio. O panorama desanimador é resumido por Cláudia*, aluna de escola pública em Feira de Santana, a 119 quilômetros de Salvador: "Hoje em dia, quase ninguém sonha em ser professor. Nossos pais não querem que sejamos professores, mas querem que existam bons professores. Assim, fica difícil".

9 candidatos a deputado federal que podem surpreender os que já são deputados federais


Na semana passada, o Jornal Opção conversou com deputados federais, pré-candidatos a deputado federal e especialistas em pesquisa e experts em campanhas eleitorais. A todos fez a mesma pergunta: “Das 17 vagas para deputado federal, quantas efetivamente estão em jogo?” Os entrevistados disseram que é uma questão “muito difícil” de responder com precisão, porque ninguém tem bola de cristal. Mas sugeriram que pelo menos seis vagas — duas delas de Pedro Chaves, que deve ser candidato a senador, e Daniel Vilela, que planeja disputar o governo de Goiás — “estão em jogo” (Thiago Peixoto, do PSD, pode ser candidato a vice-governador).
É provável que ao menos seis deputados “serão trocados”.
A mai­oria frisou que o deputado federal Marcos Abrão, dado o contencioso com o governo do Estado, “dificilmente será reeleito”. Eles acreditam que as 17 vagas vão ser disputadas por 23 postulantes consistentes e sugerem que ao menos 11 atuais parlamentares serão reeleitos. Alguns deles, acreditam, terão de gastar muito dinheiro (caso de Lucas Vergílio, Ma­gda Mofatto e Alexan­dre Baldy). Em seguida, o jornal pediu que elaborassem uma lista dos candidatos que não têm mandato e podem ser eleitos. A lista é a seguinte:


1 — Francisco Júnior (PSD) — A Igreja Católica, sobretudo a Renovação Carismática, aposta suas fichas no parlamentar.




2 — Iris Araújo (PMDB) — Os entrevistados apostam que, ao lado de Jorge Kajuru (que afirma que pode disputar mandato de senador), deve ser uma das mais votadas. Desta vez, frisam, deve ser eleita.



3 — Jean Carlo (PSDB) — É mencionado como apoiado por uma forte estrutura financeira e tem apoio em vários municípios.




4 — Jorge Kajuru (PPR) — Se candidato a deputado federal, tende a ser o mais bem votado.




5 — José Mário Schreiner (DEM) — Se realmente for bancado por Ronaldo Caiado, será um can­didato forte. Está deixando o PSD.




6 — José Nelto (PMDB) — Dos postulantes do PMDB, é o que mais trabalha no interior, tendo conquistado apoios importantes, como os prefeitos Adib Elias, em Catalão, e Ernesto Roller, em Formosa.




7 — Lincoln Tejota (PROS) — Está montando estrutura, considerada de peso, em vários municípios.




8 — Tayrone di Martino (PSDB) — Tem o apoio do padre Robson, mas pode ser prejudicado pela candidatura de Francisco Júnior.




9 — Vanderlan Cardoso (PSB) — Forte em Goiânia e Senador Canedo. A tendência é que, se for eleito, contribuirá para a derrota de Marcos Abrão, do PPS.

Mais de 2 mil autuações já foram feitas em rodovias goianas no feriado prolongado




Um balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostra que o número de autuações nas rodovias goianas durante o feriado prolongado de 12 de outubro já superou 2 mil. Uma operação começou a ser realizada desde a quarta-feira (11/10) e vai até o domingo (15).
A infração mais cometida foi ultrapassagem indevida, seguida da falta de uso de cinto de segurança. 19 motoristas foram autuados após serem pegos no teste do bafômetro.
De acordo com a PRF, houve um reforço nas rodovias que cortam o Estado, por conta do maior fluxo de veículos. Mais de 200 carros foram apreendidos e 19 pessoas detidas por infrações como uso de habilitação falsa e posse de drogas.

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

UMA VIAGEM DE FÉ, ESPERANÇA E AGRADECIMENTO EM ÁGUA LIMPA



Ainda é noite, muitos já se colocaram de pé e saíram em peregrinação. Todos os anos é assim no dia 12 de outubro, dia de Nossa Senhora Aparecida, na cidade de Água Limpa. Os fiéis, em agradecimento a alguma Graça recebida, já nas primeiras horas deste dia, se põe a caminho da "Capelinha", localizada a cerca de  oito quilômetros de Água Limpa. Saem nas primeiras horas da madrugada para aproveitarem a frescor da madrugada para a árdua tarefa.



Começa a clarear, não tanto quanto na imagem acima, mais clara devido a compensação de exposição feita pela lente em modo automático. Mas, mesmo nessas horas, as pessoas começam a se encontrar na estradinha que leva ao destino final. Umas indo, outras voltando. As vezes de pé no chão, sem poder dar uma palavra devido a promessa.



O sol, como que mostrando o caminho da luz, aparece. Mostra sua imponência e ao mesmo tempo, reverência, por aqueles que são determinados e guiados por sua fé. É o sorriso da natureza que, dando bom dia, que na maioria das vezes, não é percebido pelos transeuntes que trafegam absorvidos pela graça e pela fé.



A caminhada, para aqueles que tem algumas primaveras a mais, é também momento de saudade, mas não de uma saudade triste. Saudade da criancice, da roça, do leite no curral, da prosa, da castanha quebrada na pedra, da caça, por que não, da família. Os tempos mudaram, correria, tecnologia, muito bom também, mas a paisagem bucólica da região, lembra mais aconchego que a distância do hoje em dia.



Quando se chega ao destino, há confraternização, há principalmente fé. Reza-se o terço. Alguns de pé, outros de joelhos, mas todos com a mesma obstinação e fé. O local é acolhedor, rústico, com cheiro de roça, de casa de mãe de antigamente. O aperto no peito não é só de fé e agradecimento, é também de lembrança, de avós, de pais, de entes queridos que construíram esta tradição. (Todas as fotos estão disponíveis em www.agualimpagoias.blogspot.com)

Trecho do Poema "O Cântico da terra" da poetisa goiana Cora Coralina:

"Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranquila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz."




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