quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Operação prende 58 integrantes do PCC em Goiás e 5 Estados


A Polícia Civil (PC), por meio da Delegacia Estadual de Repressão as Ações Criminosas (Deic), deflagrou na manhã desta quarta-feira (14), a Operação Inimigos do Rei, que visa o combate às organizações criminosas em todo o Estado de Goiás. Durante a ação foram expedidos 66 mandatos de busca e apreensão em penitenciárias dos Estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Ao todo, foram cumpridos 58 mandados de prisão, sendo que 40 pessoas já estavam em presídios.
De acordo com a PC, o grupo o investigado por 5 meses faz parte do núcleo goiano da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), originária do Estado de São Paulo. “Durante as investigações nós levantamos a existência de um braço dessa facção criminosa que tem origem em presídios paulistas e conseguimos desarticular um núcleo dessa facção grande, extremamente articulada aqui no Estado de Goiás” declara João Victor Costa, delegado responsável pelas investigações.
A PC estima que somente no Brasil, a facção conta com mais de 30 mil membros, com perspectiva de crescimento. “Aqui no Estado de Goiás, infelizmente já está em torno de mil a 1, 5 mil membros”, estima.
De acordo com o delegado, a facção criminosa é muito articulada. Durante as investigações, segundo o delegado, foi apurado que uma célula da facção, que funcionava dentro da Penitenciária Odenir Guimarães, em Aparecida de Goiânia, liderava as ações do bando em Goiás. O líder deste segmento seria um detento do presídio conhecido como Imperador, que cumpre pena por tráfico de drogas.
De acordo com as investigações, foi constatado que a facção é responsável por seis homicídios, tráfico de drogas e roubos. “Imperador, é o integrante da cúpula responsável por articular todos os crimes praticados, a mando de outros faccionados que se encontram fora do Estado, no caso do Paraná, que responde diretamente ao Estado de São Paulo”, diz o delegado.
Segundo a PC, a organização do grupo chama a atenção, já que é extremamente articulada e possui vários setores, em que os integrantes da cúpula são responsáveis por administrar uma atividade. Um núcleo denominado Geral da Cebola era responsável por angariar fundos provenientes de uma mensalidade, os faccionados eram obrigados a pagar uma quantia em dinheiro para a facção. “Os que estão em liberdade pagavam R$ 60 e os presos R$ 30, para sustentar a organização criminosa” declara o delegado João Victor.
Todos os presos vão responder por organização criminosa, homicídios, tráfico de drogas e roubo. Os suspeitos que já estavam detidos foram incluídos em um Regime disciplinar Diferenciado (RDD), condição em que há mais restrições dentro da cadeia.
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