FOLHA DE ÁGUA LIMPA

DOR INTENSA! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

CONTAS REPROVADAS! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

DENÚNCIA!...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

PRISÃO! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

TORTURA DE CRIANÇAS! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

ENTRAR COM MACONHA! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

MAIS MORTES! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

MAIS CARO!!...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

SUSPENDEU! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

ACIDENTE! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

O PERIGO AUMENTA!...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

ATOLADO! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

MOMENTO DE RAIVA! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

MODERNIZANDO! ...

FOLHA DE ÁGUA LIMPA

PRESOS! ...

sábado, 31 de março de 2018

Polícia apreende R$ 30.290 em notas falsas e prende dois suspeitos de vender material pela web, na Grande Goiânia


Dois homens foram presos na noite desta sexta-feira (30) com R$ 30.290 em notas falsas, em Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital. Segundo a Polícia Militar, um deles – identificado como Yago Maciel Campos – recebia o material de um colega de São Paulo e revendia na cidade e para o restante do país, por meio de redes sociais.
A PM descobriu o caso após abordar um terceiro homem, que estava de motocicleta, durante patrulhamento de rotina. O homem contou que havia estado há pouco com um conhecido, de quem havia comprado notas falsas.
A equipe se deslocou então até a oficina desse conhecido, Geyrton Alves dos Reis, na Vila Redenção. Na oficina dele havia impressoras e outros materiais, que, de acordo com a polícia, seriam usadas por ele para, em associação com Yago, começar a produzir o dinheiro na cidade.
Na oficina havia R$ 3 mil. De lá, todos foram à casa do “receptor”, onde estavam os R$ 27.290 restantes. Os três homens foram levados para a Superintendência da Polícia Federal, responsável pela apuração de crimes do tipo. A reportagem ligou para a assessoria da corporação às 8h10, mas o telefonema não foi atendido.
O comprador do dinheiro falso foi liberado. De acordo com o artigo 289 do Código Penal, falsificar, fabricar ou alterar moeda metálica ou papel moeda de curso legal no país ou no estrangeiro é crime, com pena que varia de 3 a 12 anos de prisão e multa.
A lei não se aplica apenas a quem vende as notas, mas também a quem adquire e coloca as notas em circulação.

Motorista é flagrado a 205 km/h na BR-153, em Goiás


Excesso de velocidade marcou os dois primeiros dias da Operação Semana Santa 2018 da Polícia Rodoviária Federal em Goiás. Dois casos chamaram atenção: um Versa que atingiu 205 km/h e um Porsche Cayenne a 203 km/h, na BR-153, no trajeto de Goiânia a Morrinhos, onde a velocidade máxima permitida é 110 km/h.
Entre quinta (29) e sexta-feira (30), houve 4.136 flagrantes de motoristas dirigindo acima da velocidade prevista nos 3,2 mil quilômetros de pistas que compõem a malha viária do estado. Os flagrantes são 8,2% em relação aos dois primeiros dias da Operação Semana Santa 2017, quando houve 3.820 casos.
Porsche Cayenne flagrado a 203 km/h na manhã desta sexta-feira (30), na BR-153, em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)Porsche Cayenne flagrado a 203 km/h na manhã desta sexta-feira (30), na BR-153, em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)Porsche Cayenne flagrado a 203 km/h na manhã desta sexta-feira (30), na BR-153, em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)
Para evitar situações do tipo, a Polícia Rodoviária está promovendo o “Cinema Rodoviário” – iniciativa que busca sensibilizar motoristas sobre os perigos de desobedecer as normas de trânsito. Além disso, o efetivo nas fiscalizações foi reforçado em 10%.
Carro flagrado a 185 km/h nesta sexta-feira (30), em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)Carro flagrado a 185 km/h nesta sexta-feira (30), em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)Carro flagrado a 185 km/h nesta sexta-feira (30), em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)
Em relação ao número de acidentes e feridos, o balanço parcial divulgado neste sábado (31) aponta redução: 11 casos neste ano, com nove pessoas machucadas, contra 21 ocorrências em 2017 e 25 feridos. Em nenhum dos períodos houve mortes nos primeiros dois dias.
Carro flagrado a 174 km/h nesta sexta-feira (30), em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)Carro flagrado a 174 km/h nesta sexta-feira (30), em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)Carro flagrado a 174 km/h nesta sexta-feira (30), em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)
Também houve queda em relação aos flagrantes de falta do cinto de segurança, ultrapassagem proibida e desrespeito à Lei da Cadeirinha. O número de pessoas flagradas bêbadas ao volante e de prisões também caiu (veja abaixo).
Carro flagrado a 171 km/h, em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)Carro flagrado a 171 km/h, em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)Carro flagrado a 171 km/h, em Goiás (Foto: Polícia Rodoviária Federal/Divulgação)
Porta-voz da corporação, o inspetor Newton Morais afirmou que, apesar da redução, os resultados ainda não podem ser comemorados.

Balanço parcial da Operação Semana Santa

Em 2018 (de 29 a 30/03)
  • Autuações: 2.825
  • Cinto de segurança: 155
  • Celular : 122
  • Ultrapassagem: 105
  • Cadeirinha : 11
  • Alcoolemia: 21
  • Pessoas detidas :10
Em 2017 (de 13 a 14/04)
  • Autuações: 2.803
  • Cinto de segurança: 170
  • Celular : 07
  • Ultrapassagem: 177
  • Cadeirinha : 32
  • Alcoolemia: 54
  • Pessoas detidas :16

Cresce articulação para João Campos ser vice de Caiado


Ouvimos de um filiado do PRB que é grande o interesse do partido em bancar o nome do deputado federal João Campos para a vaga a vice na chapa do senador Ronaldo Caiado (DEM).
“A conversa é forte. A intenção é aglutinar os votos dos evangélicos”, revelou a fonte.
O diálogo entre os dois, garante, está sendo produtivo. O único empecilho é que João Campos ainda possui relação estreitada com a base aliada.
 Além do evangélico, o ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso também está cotado para a vaga. O atual pessebista está de malas prontas para o Podemos e pode se unir à oposição no Estado.

Homem morre em confronto com a Rotam, em Luziânia


Um homem morreu em confronto com uma equipe de Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) na madrugada desta quinta-feira (29), em Luziânia, a 196 quilômetros de Goiânia. O rapaz, que não teve a identidade divulgada, e outro suspeito que conseguiu fugir teriam cometido roubos na região.
Conforme informações da Rotam, uma equipe estava em patrulhamento pelo Bairro Parque Residencial Faro, quando avistaram dois rapazes em uma moto preta, cujas descrições batiam com relatos de vítimas que tinham sido roubadas na região. Segundo a corporação, os dois suspeitos haviam tentado roubar um veículo no Bairro Parque Estrela Dalva III pouco tempo antes.
Ao serem abordados, os rapazes fugiram na motocicleta e foram perseguidos pela equipe. Segundo a Rotam, em uma estrada de terra no Bairro Cruzeirinho, o condutor se desequilibrou e o passageiro acabou caindo. Neste momento, o homem que estava na garupa tentou fugir por uma mata próxima e efetuou diversos disparos contra os policiais.
De acordo coma Rotam, os policiais revidaram os disparos e atingiram o homem que estava na garupa. O rapaz chegou a ser socorrido por uma equipe do Samu e transportado para  Unidade de Pronto Atendimento (Upa) do Jardim Ingá, mas não resistiu e morreu no hospital.
O condutor da motocicleta fugiu e não foi identificado pelos policiais. Junto com o rapaz baleado foi apreendido um revólver Taurus calibre .38 e seis munições. Os objetos foram encaminhados para o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), até o momento de publicação desta matéria, o suspeito que veio a óbito não havia sido reconhecido.

Após tentar união da oposição, MDB e DEM seguem caminhos distintos rumo ao Executivo em Goiás


O eleitor goiano pode esperar uma disputa acirrada pela chefia do Governo Estadual nas eleições de 2018. Além do aliado de Marconi no Executivo, o atual vice José Eliton (PSDB), o pleito terá nomes como o do senador Ronaldo Caiado (DEM) e do deputado Federal Daniel Vilela (MDB), que constituem oposição conservadora ao atual governo.
Nome forte da política estadual e principal líder partidário da oposição, o prefeito Íris Rezende (MDB) atuava, até semana passada, pela união entre Caiado e Vilela em uma só chapa. Apesar da vontade do político não ser concretizada, em conversa com ambos os postulantes, Íris sugere, segundo assessoria de imprensa, que a oposição faça um pacto de respeito mútuo no primeiro turno, o que abre as portas para renovação do vínculo numa provável segunda etapa.
Nesse contexto, o atual prefeito, afirma – ainda segundo assessoria – que, embora a aproximação não tenha ocorrido de forma ideal, a existência de duas candidaturas pode fortalecer a oposição, uma vez que serão duas estruturas trabalhando contra as propostas do atual governo. O ímpeto pela união, entretanto, foi encerrado com uma declaração do prefeito à imprensa de que iria apoiar o correligionário, Daniel.
Ambiguidade
A movimentação já era esperada pelos candidatos que, embora entendam a intenção de Íris, possuem interpretações distintas quanto à possibilidade de união da oposição contra a chapa governista. Segundo Caiado, a referida notícia foi recebida com naturalidade, no entanto, mantém o discurso de aliado.
“Vamos manter o diálogo para que a oposição possa estar unida, com respeito e humildade. O prefeito sabe que tem meu respeito, minha admiração e que estivemos o tempo todo juntos nos momentos mais difíceis das campanhas de 2014 e 2016”, lembra.
Para o democrata, ainda há muito tempo para alinhar os discursos com Daniel. “As convenções partidárias ocorrem até o dia 5/8. Até lá teremos as definições. Continuo acreditando na união da oposição. Não é fácil trabalhar contra a máquina do governo. Unidos teremos mais força para enfrentá-la. Daniel e eu somos aliados, nosso adversário está no Palácio das Esmeraldas”, aponta.
Íris esgota tentativas e revela apoio ao correligionário (Foto: reprodução/internet)
Caiado ainda elogia a atuação do colega, afirmando que este é uma jovem liderança que despontou na política goiana e que “tem feito um bom trabalho”. “Sou um homem confiante, acredito que estaremos unidos no primeiro turno das eleições”.
Com a aguardada “bênção” de Íris, Daniel revela ter uma interpretação distinta sobre a “união da oposição”. “Não há união prevista para o primeiro turno, já que Caiado foi categórico ao reforçar que não abriria mão de sua candidatura”, afirma, de modo a sugerir que um eventual vínculo dependeria da desistência de uma das partes. “Há uma possibilidade, no entanto, de no segundo turno isso [união] ocorrer, caso uma das partes não esteja presente, apoie a outra”, reconsidera.
Sintonias
Apesar das diferenças, ambos apregoam a necessidade de mudança e “ineficiência” do governo atual. Para Daniel, a gestão Marconi representa “retrocesso e não modernidade”. “Ao contrário do que é afirmado nas propagandas, as mesmas pessoas ocupam papéis de destaque no Executivo há 20 anos”, analisa.
Para ele, um dos pontos críticos da gestão é a Segurança Pública. “Não faltam exemplos para medir sua ineficiência. A segurança pública carece de investimentos na formação de agentes e de tecnologia e isso nunca foi feito. Além disso, a máquina está muito grande, buscando atender interesses de aliados. É nesse ponto que podemos reduzir custos para ampliar investimento nas áreas que forem necessárias”.
Críticas ao governador é ponto forte de similaridade entre as pré-candidaturas (Foto: reprodução/Wagnas Cabral)
De acordo com Caiado, a gestão de Marconi é marcada pelo desequilíbrio nas contas. “[Precisamos] restabelecer o equilíbrio fiscal de Goiás. Hoje o Estado está com uma dívida consolidada de R$ 19,5 bi e arrecada apenas R$ 17,7 bi. Além disso, o boletim financeiro do Tesouro Nacional classifica o estado com a letra C no ranking, o que significa que Goiás não consegue mais contrair empréstimos com o aval da União. É um momento gravíssimo”, pondera.
O “desequilíbrio”, conforme expõe Caiado, se reflete em vários setores. Ele ressalta que a citada mudança será representada, no caso dele, pela transparência. “A Segurança Pública chegou a uma situação caótica e não é diferente na Saúde e Educação. O goiano hoje quer um governante que respeite o dinheiro dele. Vamos ter tolerância zero com a corrupção e para isso a transparência será uma bandeira muito forte. São mudanças como essas que vão trazer melhorias efetivas na vida do cidadão”, avalia.
Articulações e apoios
Em viagens pelo estado desde meados de 2017, o senador avalia que há um pensamento comum entre prefeitos do interior. “Os prefeitos estão cansados de serem pressionados e chantageados pelo governo, que cobra apoio político em troca de verba para as prefeituras. Eles mais que ninguém estão ansiosos por uma mudança”, expõe.
A receptividade às propostas do pré-candidato, segundo ele próprio, tem sido positiva. “Tenho viajado muito pelo interior de Goiás para conversar com estes prefeitos e lideranças e a receptividade tem sido enorme”. De fato, Ronaldo tem obtido apoios declarados de prefeitos emedebistas, como o caso das lideranças de Catalão, Adib Elias; Formosa, Ernesto Roller; e Goianésia, Renato de Castro. Este último, inclusive, chegou a atacar Daniel, ao afirmar à imprensa que ele “não veste a camisa da oposição”.
Caiado recebe apoio declarado de Adib Elias, prefeito emedebista de Catalão (Foto: reprodução/internet)
Para ser bem-sucedido, Daniel revela se apoiar na capilaridade do MDB no interior do estado. “Nossas articulações vem mostrando um desgaste do governo atual. Como estamos nas lideranças dos Executivos de Goiânia e de Aparecida, as duas maiores cidades do Estado, temos mais influência na capital. No entanto, acreditamos que o modelo de gestão liderado por Marconi mostra pouca modernidade e eficiência. Acreditamos que a população sabe reconhecer isso e optará por uma renovação”.
Daniel retruca a declaração do prefeito de Goianésia, criticando os critérios que o fazem considerá-lo ou não um membro da oposição. “Não sou oposição porque saio fazendo discursos verborrágicos, mas porque realmente me identifico. Está na minha história de 20 anos de atuação. Nunca estive do lado do atual governo, nunca indiquei nem fui indicado para nenhum cargo nele. Ao contrário disso, quem tem/teve laços com o governo atual é Caiado, que ficou 16 anos do lado de lá. O prefeito também, que já foi do PFL e já constituiu a base de Marconi. Então esse critério está equivocado e só compromete a ele mesmo”.
Daniel retruca alfinetada do correligionário prefeito de Goianésia (Foto: reprodução/internet)
Como emedebista em disputa de um estado que circunscreve a Capital Federal, Daniel ainda deve atrair o apoio de Michel Temer. De acordo com consultoria proprietária do Índice de Positividade Brasil (IP Brasil), Map, a popularidade de Temer está estacionada em 2%. O resultado foi elaborado a partir da análise de 1,2 milhão de posts publicados nas redes sociais e de 250 artigos de formadores de opinião.
Questionado se o apoio do líder do governo federal seria bem recebido, Daniel é evasivo, porém considera que o panorama negativo sobre Temer pode mudar. “Acreditamos que tudo pode mudar em questão de meses. Como todo governo, o atual possui equívocos, mas também boas características. Entre elas está a atuação pela redução da crise, diminuição da taxa de juros e de desemprego, entre outras. De modo geral, acreditamos que o eleitor goiano diferencia as esferas nacional da estadual e votará de acordo com as necessidades regionais”.
Composição das chapas
Outro lugar comum entre os pré-candidatos é a indefinição da composição das chapas, porém ambos divergem quanto ao ritmo empregado para consolidação de nomes para os postos de vice. Daniel reforça a necessidade de composição partidária. “Estamos dialogando com legendas que convergem para essa proposta de mudança que queremos para Goiás. PP, PSD, A Rede e Solidariedade estão entre eles. Porém ainda não há nenhum nome, isso é coisa para definir mais para o fim do semestre.
Enquanto isso não ocorre, o deputado é cotado para assumir a presidência da maior comissão da Câmara Federal, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o que pode render visibilidade em nível nacional. “Fui indicado pela bancada do partido, espero que não haja nenhum concorrente. Sem dúvidas revela prestígio meu frente à bancada do MDB, que tem 63 parlamentares e é a maior da casa. Isso quer dizer que pela minha articulação e pelos meus relacionamentos, julgaram meu perfil apto para assumir o desafio”.
Caiado, por outro lado, tem pressa na definição do nome. Entretanto, descarta a possibilidade de disputar o pleito ao lado do médico Zacharias Calil para a vice governadoria. “Este ano teremos uma eleição curta, de pouco mais de 40 dias. Estou trabalhando para definirmos a chapa o quanto antes para trabalharmos na pré-campanha. Zacharias é um amigo, um médico a quem tenho enorme respeito e admiração. Tenho conversado com muitos partidos. Ele acredita em nosso projeto e possui uma grande obra de serviços prestados ao estado. E tem grandes chances de ser muito bem votado para deputado federal. Acredito que ele aceitará essa missão”.

A correria para a definição, segundo Caiado, tem mais um objetivo: fazer as propostas chegarem aos eleitores no que chama de “curto período”, contando com auxílio da internet. “Por isso, acredito no poder de mobilização das redes sociais. Outro desafio é o certo cansaço do eleitor em relação à política, por conta dos escândalos. Creio que o candidato que mostrar que tem histórico ilibado, que é honesto, que tenha autoridade moral, que seja aliado da população, vai sair na frente neste processo”, avalia.

quinta-feira, 22 de março de 2018

Jorge Kajuru: “Iris Rezende trouxe com ele o que há de pior”


Um dos mais ferrenhos críticos do prefeito Iris Rezende Machado (MDB), o vereador Jor­ge Kajuru (PRP) não tem qualquer expectativa de a gestão do emedebista melhorar, já que patinou nos primeiros 13 meses. Sem qualquer receio, Kajuru critica duramente o prefeito, a primeira-dama Iris de Araújo (MDB) e nomes escolhidos para compor o secretariado. Com ironia, Kajuru sugere que quem ainda administra Goiânia é o falecido petista Paulo Garcia e que a as decisões estão nas mãos da Dona Iris.
Ao receber o repórter, Kajuru parece tranquilo, bebericando uma taça de vinho, numa mesa da adega do Empório do Sertão, no bairro Alto da Glória, em uma noite da semana passada. Gravador ligado, o parlamentar tem o discurso pronto para criticar o caos que se instalou na administração da capital.
Começa dizendo que a Se­cre­taria Municipal de Trânsito (SMT) não funciona desde a época do Paulo Garcia: “Só pode ser ele ain­da o prefeito”. Na prefeitura, nas se­­cretarias, diz o vereador, “só mu­dou a coleira”. “Lá do céu ou do in­ferno o Paulo está administrando. O Iris morreu. Ele fala que a se­cretária de Saúde [Fátima Mrué] só vai sair se ele morrer. É melhor ele tomar cuidado, tem muita gen­te torcendo para que ele morra”, ironiza.
Kajuru afirma que um dos problemas da gestão de Iris é a escolha errada do secretariado. Sem poupar nomes, fala em despreparo e “falta de caráter”. “O prefeito escolheu o pior secretariado de sua vida pública. Na gestão anterior dele, a escolha da equipe foi inquestionável. Do ponto de vista moral, ele tinha mais pessoas decentes e mais preparadas para esta nova gestão. Desta vez, Iris trouxe com ele o que há de pior”, assevera.
O vereador do PRP não altera, pelo menos no começo da entrevista, o tom de voz. Ele havia acabado de se reunir com um aliado político que pretende se candidatar a deputado federal e com quem per­corre o Estado em busca de apoio para o pleito de 2018. Parece um pouco cansado, mesmo assim, não se deixar abater.
Afiado, o vereador mais votado da história de Goiânia (37,7 mil vo­tos, em 2016) ironiza: “Esta gestão é a sequência dos erros e da in­competência de Paulo Garcia. Até as irregularidades não mudaram nada. É mentira de Iris quando ele fala que a secretária Fátima Mrué esteja acabando com as máfias na saúde, elas continuam lá”. E não poupa críticas. “Não mudou nada. Isso fica evidenciado na CPI [co­mo ele denomina a CEI] da Saúde. Até quem ama o pre­feito, como o Clécio Alves [ve­re­ador do MDB], re­conhece que a saúde está horrível.”
Em uma entrevista para o jornalista Jackson Abrão (Grupo Jaime Câmara) em dezembro, lembra Kajuru, Iris disse que Goiânia seria referência em saúde pública no Brasil. “Venceu o prazo e Goiânia não é referência, é um caos. Lá na Câmara, para o vereador Clécio Alves, prometeu que em 90 dias Goiânia vai ser referência. Mas não vai ser. Definitivamente, Iris Rezende está gagá”, afirma.
O vereador lembra do dia em que apresentou denúncia com do­cu­mentos anexados para a Polícia Federal e o delegado ficou surpreso. “Ele ficou estarrecido com as irregularidades. Todo mundo sabe que lá [na Secretaria de Saúde] con­tinuam roubando, há uma máfia. Iris nomeou um diretor administrativo que é bandido, ele soube de irregularidades em contratos, mas não faz nada, não de­mi­tiu quem deveria. Ele não reconhece corrupção.”
Daí, Jorge Kajuru se estende pa­ra o passado do prefeito, dizendo que a vida toda Iris Rezende acei­tou coisas erradas. “A fortuna que ele tem é proveniente do quê? Dos honorários dele de advogado de 1950?”, alfineta.
Ainda sobre a saúde, o vereador conta que médicos da rede mu­nicipal perderam o “encanto” com a profissão e o “respeito com a Secretaria de Saúde”. Ele ainda aponta os intermináveis problemas com o Instituto Municipal de As­sis­tência Social (Imas). “Como que o Iris entrega o Imas a um homem como Sebastião Peixoto? O Imas já estava quebrado, inclusive por culpa do próprio Se­bas­tião Pei­xo­to.”
Segundo o vereador, o órgão deveria ser um hospital dos servidores e não poderia ser gerido pela Prefeitura de Goiânia. “Iris não apenas colocou gente ali para mudar, mas colocou alguém sem qualquer preparo, um desequilibrado. Ele [Sebastião Peixoto] é gente boa pra caramba para conversar, bater papo, mas não daria minha casa para ele tomar conta”, descarta.
Diante de graves problemas na saúde municipal, inclusive com a Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investigou a Saúde e desgastou ainda mais a imagem da gestão com denúncias de superfaturamento e contratação sem processo licitatório, Iris ainda não reconheceu as irregularidades intrincadas com o seu governo. “Hoje ele não consegue enganar ninguém. Ele é falso, demagogo, perseguidor, traiçoeiro. Por isso consegue coisas que eu não suporto. Meu respeito pelo Iris é zero”, desabafa.
Acostumado a percorrer os postos de saúde, principalmente durante a madrugada, como um dos membros da CEI da Saúde, Kajuru flagrou a falta de médicos e a de produtos básicos para os cuidados dos pacientes. Ao vivo pelas redes sociais, classificou Iris de “mentiroso”, culpando-o pelas mortes. “Politicamente eu imaginava que o prefeito entraria na prefeitura e resolveria os problemas da cidade. Ele deixou a saúde abandonada, está um caos.”
Marginal Botafogo
O vereador entra em outra seara, lembrando os problemas da Marginal Botafogo, que têm causado transtornos repetidamente nas últimas semanas. “Será que Iris achou que não haveria mais chuva em Goiânia? E por isso não fez nada pela Marginal Botafogo? Choveu e alagou tudo. Todo mundo sabe que quando chove em Goiânia, alaga tudo”, alerta. E sugere que “Iris deveria ter tido um projeto pronto antes mesmo de assumir a prefeitura, tanto para a saúde quanto para estas questões de alagamento”.
Sem hesitação, Jorge Kajuru tem uma interpretação grave do que estaria levando os goianienses a amargar uma das gestões mais problemáticas da história: “O único projeto para Iris é fazer caixa para a Dona Iris. Ela vai ter uma fortuna para a campanha para deputada federal. A campanha dela terá estrutura de campanha de presidente da República”, acusa.
A respeito do Mutirama, o vereador critica veementemente o titular da Agência Municipal de Tu­rismo, Eventos e Lazer (Agetul), Ale­xandre Magalhães. “Como que Iris coloca o Mutirama e o Zooló­gi­co nas mãos do Magalhães? O prefeito prometeu fazer a melhor administração da vida dele, mas escolheu o que há de pior — a escória.”

“Não faço média nem mesmo com eleitor”

Pelo PRP, Jorge Kajuru pretende ser candidato a senador: “Como posso ser útil na Câmara com Iris como prefeito e Andrey Azeredo como presidente?” | Foto: Fernando Leite / Jornal Opção
O vereador Jorge Kajuru fala tam­bém de seu trabalho na Câ­ma­ra. Afirma que, mesmo com os ve­tos, faz seu trabalho e, a cada 36 ho­ras, apresenta um projeto de lei. “Sou o primeiro vereador a chegar to­dos os dias. Não faço média nem com eleitor. Alguns vão lá pe­dir dinheiro e eu falo que não fui eleito para dar dinheiro ou emprego”, declara.
Kajuru conta que até pede para as pessoas deixarem o currículo, mas costuma dizer: “Fui eleito pa­ra investigar, denunciar, criar projetos sérios. Não há nenhum projeto meu para dar título de cidadão a quem quer que seja. Não tenho o perfil assistencialista, demagógico, sou um parlamentar com cultura”.
O vereador, que tem a pretensão de ser eleito senador, diz que seu mandato tem a intenção de mos­trar que ele tem condições de ir para a capital federal. “Quero re­presentar Goiás em um nível superior, como em Brasília, para ser mais útil. Como posso ser útil na Câ­mara tendo Iris Rezende como pre­feito e Andrey Azeredo como presidente?”, pergunta de forma irônica.
Sua meta como vereador é am­bi­ciosa. Pretende deixar um legado por “ter feito mais em dois anos do que qualquer outro em quatro”. Ele, que montou um estúdio de TV no gabinete 44 da Câmara, con­ta que custa apenas a energia elétrica. “Pago o papel para o chamex, pago meu café, minha mesa, meu armário.”
Uma das bandeiras de sua cam­panha é um projeto antigo. Ele sem­pre quis criar o primeiro Cen­tro Diabético do Brasil. Para tanto, doa 100% de seu salário para a causa. “Doei para instituições pú­blicas e agora estou doando para o Cen­tro Diabético. Um prédio que de­ve ser alugado com apoio do go­ver­no de Goiás por meio do Hospital Geral de Goiâ­nia (HGG).” A unidade pode re­ceber o nome da mãe de Kajuru, Dona Maria José Nasser da Costa.
Conforme o parlamentar, entre no­vembro e dezembro foram realizadas 12 cirurgias bariátricas. “Agora vamos fazer mais 12 sem qualquer dinheiro da prefeitura. O único custo que temos é de quem não aceita fazer de graça, a enfermeira, o instrumentador e o anestesista, com R$ 6 mil”, conta orgulhoso.
O Ministério da Saúde disponibilizou R$ 6 milhões com a ajuda do senador Wilder Morais (PP) e influência do apresentador de televisão e amigo de Kajuru, José Luiz Datena. “Agora virá uma verba de custeio mensal, conquista do deputado federal Daniel Vilela (MDB).”
Dona Iris
Jorge Kajuru mordisca um pe­da­ço de queijo, se ajeita um pouco na cadeira de madeira, aproxima-se do repórter, lembra-se de algo e dis­para: “Desde o início do mandato, Iris entregou a prefeitura pa­ra sua mulher, Dona Iris. Sem ter qualquer relação com Iris Rezende, eu tenho preocupação com a saúde dele. Ele deve estar com depressão para ter de suportar o que a Dona Iris faz. Ela manda no governo. Ela começou a contratar quem ela quisesse, os cabos eleitorais dela”, acusa.
Para Kajuru, a primeira-dama quer se utilizar das facilidades da pre­feitura para voltar ao Con­gres­so. “Ela tem um desejo insaciável que é voltar para Brasília [foi deputada federal e, suplente de Maguito Vilela, assumiu por duas vezes co­mo senadora], o que ela sempre quis. Ela não teve nenhuma projeção em Brasília, foi sempre inútil.”
Conforme ele, no Congresso Nacional, a primeira-dama da capital foi motivo de chacota. “Pela for­ma de se comportar, de se vestir, com péssima oratória. É esta mu­lher que manda na Prefeitura de Goiânia. Por isso digo que Iris Re­zende, aquele gestor que amava Goiânia, não existe mais.”

“Iris veta tudo”, reclama vereador

Kajuru diz que, se depender de Iris, não conseguirá fazer muita coisa | Foto: Larissa Quixabeira / Jornal Opção
Jorge Kajuru reconhece que o po­der de um prefeito no sistema po­lítico é superior ao do Le­gis­la­ti­vo, mas não deixa de continuar trabalhando. “O prefeito veta tudo que a gente propõe. Se eu fosse esperar dele [Iris] alguma coisa para o Centro Diabético, por exem­plo, até hoje não teria feito nenhuma cirurgia. Tive de ir a Bra­sí­lia buscar recursos.”
Quando confrontado com a pergunta a respeito da atuação de um ve­reador para resolver o desastre da ges­tão Iris, Kajuru silencia um pou­co até reconhecer: “Vereador não tem força, não tem expressão ne­nhuma. Fiz projetos inéditos e fo­ram vetados. Vereador não é nada. Na cabeça de Iris, vereador é para dar título de cidadão, criar datas co­mo o Dia do Saci, Dia da Pamonha, mu­dar o Monumento das Três Ra­ças colocando no lugar a estátua da Do­na Iris. Um vereador [Kleybe Mo­rais – PSDC] propôs isso. Mes­mo a Dona Iris viva este vereador queria pôr estátua dela. Até perguntei se ela não havia morrido e eu não sabia”.
Mas Kajuru também reconhece valor em alguns de seus colegas, os quais considera preparados para o Legislativo municipal. “Tem gente capacitada, como o Lucas Kitão (PSL), a Dra. Cristina (PSDB), o Elias Vaz (PSB), a Sabrina Garcez (PMB), a Priscilla Tejota (PSD) e outros”, lembra.
O parlamentar critica o líder do pre­feito na Câmara, vereador Tião­zi­nho Porto (PROS). Espera que a as­sessora sirva sua taça, depois olha pa­ra a porta, aponta com o dedo in­dicador e define: “Tiãozinho não é líder nem de uma porta. Que força que ele tem? Que cultura ele tem? A vida pública do Iris está tão acabada que ele tem como líder o Tiãozinho”, cutuca.
Quando o repórter avisa que vai colocar a declaração na íntegra, Kajuru, irritado, responde: “É para colocar mesmo. Eu falei isso foi pa­ra ele. Ninguém queria ser líder do Iris. O Tiãozinho aceitou porque pensa menos do que uma me­sa”, diz, batendo com a mão direita. “Mas como pessoa ele é maravilhoso”, ameniza Kajuru.
←  Anterior Proxima  → Página inicial