quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

Mãe e padrasto são presos suspeitos de matar criança de 2 anos, em Anápolis



Mãe e padrasto foram presos nesta quarta-feira (14) suspeitos de matar uma criança de dois anos em Anápolis. Arafat Dias da Silva, de 30 anos e Giovana Souza de Jesus, de 20, negam o crime e sustentam a versão de que o menino sofreu um acidente doméstico. Ele foi levado para o Hospital de Urgência da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Segundo o delegado à frente do caso, Vander José Coelho, o médico plantonista achou estranho a situação em que a criança se encontrava e acionou a equipe da Polícia Militar. “A mãe, que acompanhou a criança no hospital, contou que a mesma tinha caído do vaso sanitário, mas a criança apresentava uma grave lesão na cabeça, o que seria quase impossível com tal acidente que ela descrevera”, conta.
O corpo da criança foi encaminhado para o Instituto Médico Legal e, após exame cadavérico, foi confirmado que no crânio da criança havia uma lesão e que, de acordo com o delegado, foi realizado por terceiros. “Após a procura da Polícia Militar, a nossa equipe iniciou diligências e encontrou, na casa dos suspeitos, roupas da criança sujas de sangue e um celular, que foi apreendido”, destaca.
No aparelho, o delegado comenta que foi encontrado um vídeo em que mostra o garoto preso a um galinheiro como forma de castigo para “educar” a criança. “No laudo também foi verificado que a criança tinha outros hematomas espalhados pelo corpo. Eles [os pais] relataram que, no vídeo em questão, a criança brincava no galinheiro e foi atingida por um pedaço de madeira que era utilizado como porta, por isso os demais hematomas”, explica.
De acordo com Vander, o hospital encaminhou documentos e laudos que atestam que é impossível asseverar a história que os pais sustentam. A mãe foi detida no hospital. Já o padrasto foi detido durante a madrugada. “Por isso que, mesmo após negarem o crime, o delegado de plantão decidiu mantê-los presos”, conta.
Os suspeitos serão indiciados, a princípio, por homicídio e maus-tratos. Em nota, a assessoria do Hospital de Urgências de Anápolis, informou que o menino chegou no local por volta das 21h35 com parada respiratória e foi tentada a reanimação, mas sem êxito.
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