O deputado federal Daniel Vilela e o senador Ronaldo Caiado, pré-candidatos do MDB e do DEM a governador de Goiás, estão na fase da guerra fria, mas, em breve, caminharão a passos céleres para a guerra quente. Porque já perceberam que não terão como estabelecer uma aliança no primeiro turno.
Daniel Vilela quer o apoio de Ronaldo Caiado, que poderia indicar seu vice — por exemplo, sua filha Ana Vitória — , mas não aceita apoiá-lo para governador.
Ronaldo Caiado cobra o apoio de Daniel Vilela — o quer na vice ou como candidato a senador —, mas não aceita bancá-lo para governador.
O emedebista apresenta-se como uma renovação em relação ao postulante do PSDB, José Eliton — político ainda jovem —, e ao postulante do DEM, Ronaldo Caiado. Este, na opinião dos vilelistas, representa a direita mais autoritária, antiquada e retardatária do país. Aliados do presidente do partido Democratas tendem a apresentar o deputado do MDB como um político imaturo e inconsistente. “Serve” para ser vice, mas não para governar.
Aliados de Daniel Vilela apostam que o senador Ronaldo Caiado, na hipótese de um segundo turno entre o emedebista e o tucano José Eliton, vai ficar neutro — assim como ficou em 1994, quando, depois de liderar as pesquisas iniciais (como agora), foi derrotado pelos candidatos do PMDB, Maguito Vilela, e do PPB, Lúcia Vânia. Esperava-se que Ronaldo Caiado apoiasse Lúcia Vânia, mas ele desapareceu do mapa — contribuindo, direta ou indiretamente, para a vitória do emedebista.
Entretanto, se o segundo turno for entre José Eliton e Ronaldo Caiado, a tendência é uma divisão, ainda mais acentuada, do MDB. Parte, a liderança por Maguito e Daniel Vilela, deve seguir com o candidato tucano. A outra, a liderada por Iris Rezende, tende a seguir o postulante democrata.
Se o segundo turno for entre Daniel Vilela e Ronaldo Caiado, a tendência é que José Eliton e o governador Marconi Perillo apoiem o primeiro.
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