Em meio à rotina agitada da capital, moradores de um bairro da região sudoeste de Goiânia se reúnem para preparar uma das mais tradicionais e típicas receitas goianas: a pamonha. Feita à base de milho, ela é vendida nas muitas pamonharias espalhadas pela cidade, mas há famílias goianas que não dispensam as tradicionais “pamonhadas”.
A pamonha tem origem indígena e ganhou força na cultura das fazendas, sobretudo em Goiás. Com raízes fincadas nas tradições rurais, parte dos goianienses se junta para fazer a receita. É assim, por exemplo, na Rua Sirlene Borges de Faria, no Setor Santa Rita. Cada morador contribui com R$ 10 para ajudar a comprar o milho e os outros ingredientes necessários para rechear a massa, como queijo, linguiça e até jiló.
O grupo se reuniu às 13h de uma terça-feira e a primeira remessa de pamonhas, com mais de 100 unidades, ficou pronta às 18h30.
Para preparar a receita, os moradores buscam ser fiéis à tradição. Eles mesmos descascam o milho, fazem a limpeza dos grãos, ralam o sabuco para preparar a massa e, por fim, montam manualmente as pamonhas (veja vídeo acima).
Depois das cinco horas preparando o prato, quem participa garante que vale a pena a dedicação. “É recompensador, a gente se diverte e no final mata a fome de todo mundo”, disse a cozinheira Antônia Alexandra de Moraes Carmargo Alves.
Segundo o empresário William Maquiné Nobre, morador do bairro, preparar a receita é quase um “ritual de confraternização”.
“Existe uma magia permeando a pamonhada, um espírito de comunhão. A gente quer confraternizar, mobilizar, interagir e, claro, saborear este que é um dos mais fortes símbolos da nossa cultura. A primeira deste ano foi no dia da mulher, e desta vez, tivemos um tempinho livre e resolvemos colocar a mão na massa”, afirmou o empresário.
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