A presidente da Organização Mundial de Saúde (OMS), Margaret Chan, revelou sua dúvida sobre a relação da microcefalia com o zika vírus ao afirmar: “Até que possamos provar o contrário, temos afirmado que o vírus é o culpado”.
Por isso, ela considera prioridade o investimento em estudos para investigar a associação da infecção com a anomalia neurológica. O Ministério da Saúde, no entanto, não tem dúvida desde que pesquisadores da Fiocruz encontraram o agente infeccioso no líquido amniótico de duas gestantes, cujos bebês foram diagnosticados com a doença.
O último boletim do Informe Epidemiológico de Microcefalia, divulgado dia 23, informou 5.640 casos notificados: 583 deles confirmados de microcefalia e/ou malformações e 950 descartados. Os 4.107 restantes ainda serão investigados. Dos 583 confirmados, seis foram em Goiás; dois estão descartados. O Estado notificou 88 casos.
O passo mais difícil é comprovar a causa da microcefalia nesses 583 casos, pois ela pode ser provocada por diversos agentes infecciosos além do zika. Até agora apenas 67 foram notificados por critério laboratorial específico para o vírus zika. Daí a dúvida da OMS, que decidiu dar prioridade ao investimento em estudos. Essa investigação é um dos grandes desafios do Brasil, associado ao pedido do organismo internacional para o país liderar a erradicação do Aedes aegypti na América Latina.
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